Ricardo Nolat
Então fica combinado assim: em outubro último, mês da eleição presidencial em primeiro e segundo turno, havia crise econômica internacional, segundo Dilma Rousseff, mas crise no Brasil nunquinha.
No passado, quando um tsunami econômico varria o mundo, o então presidente Lula dizia que tudo não passava por aqui de uma “marolinha”. Nem “marolinha” havia no país da candidata à reeleição.
Inflação? Esqueça. Estava sob controle. E jamais deixaria de estar. Sem falar em pleno emprego. Lembra como Dilma enchia a boca para falar do paraíso do pleno emprego?
E do Pronatec! O Protanec viera para ficar, prometeu Dilma também de boca cheia. Como ela parecia se orgulhar do Pronatec!
Por falar nele, está suspenso. Trombou com o país da vida real.
E a obra de integração do rio São Francisco, concebida para acabar com a seca que aflige os nordestinos há tantos séculos?
Obra ambiciosa. Gigantesca. A ser entregue no final deste ano.
Pois sim. Está atrasadíssima. Somente em Pernambuco, no final do ano passado, foram demitidas 2.300 pessoas empregadas na obra. Uma tristeza. Outra mentira da propaganda.
Nada como morar no país da propaganda do PT. Na propaganda de qualquer partido.
Nem que a vaca tossisse, Dilma deixaria que mexessem nos direitos dos trabalhadores.
A vaca não tossiu. Não foi necessário. Mexeram nos direitos. Afinal, para manter o poder, Dilma disse que faria o diabo. E fez.
Agora, pede que tenhamos paciência. Porque os problemas são apenas conjunturais. Porque eles passarão em breve, muito em breve. E ao passarem deixarão um legado de soluções perenes.
Minha nossa senhora. É mentira em cima de mentira.
Minha Casa, Minha Vida era um programa estupendo. Complementado pelo programa Minha Casa Melhor, que financiava a compra do que fosse indispensável para se viver feliz dentro de casa.
Minha Casa Melhor foi interrompido. O governo culpa por isso quem se endividou além do que poderia pagar.
O calendário gregoriano não serve para balizar certas coisas. Por exemplo: este século de fato começou com os atentados do 11 de setembro de 2011 nos Estados Unidos. Antes deles nada de relevante aconteceu.
O segundo governo de Dilma deveria acabar no próximo dia 31 de dezembro de 2018. Pois bem: arrisca-se a acabar mais cedo.
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