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Governo cria mais cargos para satisfazer apetite dos aliados, diz Alvaro Dias

01-04-2013-ad-plenario

Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça, na manhã desta quarta-feira (23), o senador Alvaro Dias votou contra projeto apresentado pelo governo federal para criação de novos cargos comissionados na estrutura do Ministério da Cultura. O senador criticou a iniciativa, que segue na contramão de um momento no qual a economia se mostra estagnada e há crescimento do déficit público, além da piora no quadro fiscal da União. Para Alvaro Dias, o governo do PT, no lugar de aumentar ainda mais sua estrutura, deveria se preocupar em realizar uma reforma administrativa que tornasse mais eficiente e menos onerosa a máquina pública.

“O País está ameaçado por uma situação de decadência, com números preocupantes nas contas públicas, e mesmo assim o governo continua criando cargos, ampliando sua estrutura, fazendo uma reforma às avessas. O que este governo deveria fazer era reduzir a quantidade de cargos, de ministérios, de departamentos, de diretorias, agências e tantos outros órgãos, e em seu lugar valorizar o talento, a qualificação técnica e profissional, deveria realizar concursos públicos para o preenchimento de postos com pessoas qualificadas para as funções”, disse.

Criar novos cargos, segundo Alvaro Dias, é confortável para quem está no poder e não tem visão de futuro, “não projeta as consequências do aumento de despesas de custeio. Quem administra criando cargos o tempo inteiro alimenta o sistema do balcão de negócios, distribui cargos à custa do dinheiro público para preservar uma imensa base aliada que oferece ao governo o que ele deseja no momento, como no caso do Marco Civil da Internet, aprovado ontem”.

“Com essa estrutura inchada, o poder público vai se tornando incapaz de atender demandas da sociedade, e faltam recursos para setores essenciais. Em vez de se aplicar em educação, saúde, educação, criam-se cargos e cabides de emprego para atender aos aliados e este sistema promíscuo de poder”, concluiu o senador.