Mesmo depois do governador Beto Richa e 37 deputados da base de apoio anunciarem, na noite de ontem, a manutenção de benefícios exigidos pelos professores e servidores (aqui), os professores mantém a disposição de intervir na votação da reforma na Assembleia para barrar as mudanças.
A manifestação dos professores produz grande ruído, mas esbarra na confortável maioria da bancada governista. Ontem, 37 deputados (dos 54) assumiram o compromisso de aprovar a reforma com as concessões feitas pelo governo. Mais, vão tranformar o plenário em comissão geral para acelerar o processo. Os professores chamam isso de “tratoraço”, anota o jornalista Fábio Campana.
Os professores alegam que há exigências fundamentais ainda não atendidas. Reclamam porque o governo cortou 30% dos funcionários dos colégios – 10 mil servidores, segundo levantamento da APP-sindicato.
Algumas escolas tiveram o quadro de servidores reduzido a um funcionário. Perderam merendeiras, pedagogos e diretores-auxiliares.
Além disso, o sindicato quer a contratação de 15 mil professores temporários – contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS) – para iniciar o novo ano letivo. A Secretaria da Educação anunciou que deve chamar dez mil deles.
O atraso no pagamento do terço de férias e da rescisão dos 29 mil professores PSS que lecionaram no ano passado também é ponto de discórdia. Essa dívida, segundo o governo, deve ser paga até o fim deste mês.
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