O governo cedeu e deve, finalmente, autorizar a Petrobras a elevar o preço dos combustíveis em 2013 para cobrir parte da defasagem em relação ao mercado internacional e, ao mesmo tempo, dará aval à estatal para implementar uma nova política de preços, a partir do ano que vem, informa O Globo.
A metodologia apresentada pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, no entanto, sofrerá ajustes. Segundo um interlocutor da equipe econômica, um aumento pode ser concedido ainda este mês, sem pressionar a inflação. O percentual ainda está sendo discutido.
A tendência é que a nova metodologia seja aprovada no dia 22, mas só valeria a partir de 2014. Segundo essa fonte, embora haja preocupação com a implementação de uma política que implique reajustes automáticos nos preços (como quer a Petrobras), predomina agora o entendimento de que a companhia realmente precisa de uma política de preços, diante da necessidade de realizar pesados investimentos.
A metodologia será, então, um indicador importante, no sentido de dar maior previsibilidade aos negócios da empresa. A forma como a Petrobras apresentou a ideia — uma proposta pronta para entrar em vigor — desagradou integrantes da equipe econômica. Por isso, o governo está “aperfeiçoando” o cálculo, com o objetivo de que seja aprovada pelo Conselho de Administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no dia 22.
Os técnicos estão em busca de modelos com “travas” na fórmula que resultará nas alterações de preços. A Petrobras apresentou uma proposta em que os preços variam, principalmente, conforme as cotações internacionais, com gatilhos para reajustes ou reavaliações periódicas.