A ala neonatal, materno e infantil do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, será transferida ao Hospital da Criança João Vargas de Oliveira, para dar lugar a novos leitos exclusivos para pacientes com Covid-19. O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve nesta quarta-feira (19) na cidade e formalizou a migração para a nova unidade.
Ratinho Junior percorreu as alas do Hospital da Criança, que passou por reforma e foi entregue recentemente à população. A unidade passa a contar com mais 32 leitos de maternidade e mais cinco de observação e procedimentos. Dentro de alguns dias, começam a funcionar também os 30 leitos pediátricos e 10 leitos de UTI neonatal e pediátrica.
Com isso, a o HU ganhará mais 26 leitos clínicos, chegando a 50. O HU já tem 30 leitos de UTI adulto exclusivos para pacientes com coronavírus, dentro da estratégia de enfrentamento à doença adotada pela Secretaria de Estado da Saúde. Atualmente, dos 30 leitos de UTI adulto do Hospital Regional dos Campos Gerais, 28 estão ocupados (93%). Dos 24 leitos de enfermaria, 18 estão ocupados (75%). “A ampliação da estrutura é para dar segurança no atendimento da Covid no município.
“A Saúde também estuda a ampliação dos leitos de UTI, mas os pacientes da região também podem ser encaminhados ao Hospital Regional de Telêmaco Borba, que conta com 20 leitos de UTI, ou para o Rocio, em Campo Largo, que ficam a uma hora daqui”, ressaltou o governador.
Ratinho Junior explicou que o Estado habilitou cerca de 1.100 UTIs desde o início da pandemia, quase a mesma quantidade dos leitos intensivos criados ao longo dos últimos 30 anos. “Em algumas regiões, houve semanas com muitos casos de Covid-19, chegando próximo à lotação dos hospitais, sem nunca deixarmos faltar leitos”, salientou.
“Neste momento, Ponta Grossa tem um crescimento nos casos. Pensamos em uma estratégia regional, com a retaguarda em diferentes unidades, além da possibilidade de remanejar equipamentos de outras cidades, onde os casos estão mais controlados, aqui para a região”, explicou. “Temos hoje equipamentos à disposição e uma boa rede de equipes médicas e de enfermagem”.
Estratégia
O município de Ponta Grossa tem 1.979 casos confirmados da Covid-19 e 27 óbitos pela doença. De acordo com diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Nestor Werner Júnior, houve uma ampla discussão com as equipes da prefeitura e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que administra o Hospital Universitário, para fazer o remanejamento da ala materno-infantil.
“Na prática, ampliamos a oferta de serviços para termos uma robustez no sistema de saúde de Ponta Grossa, tendo a estratégia da Covid-19 concentrada no Hospital Universitário, o atendimento materno-infantil no Hospital da Criança”, explicou Werner. “Isso vai render mais leitos, possibilitando mais consultas e cirurgias e um melhor atendimento à população, com as especialidades divididas em cada lugar”, disse.
Três hospitais
Ele lembrou que o Governo do Estado adiantou as obras de três hospitais regionais — além de Telêmaco Borba, passaram atender os pacientes com coronavírus os de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e de Guarapuava, na região Central.
“A abertura dos leitos segue a dinâmica da pandemia. Não tivemos a necessidade de instalar hospitais de campanha, contamos sempre com a estrutura médico-hospitalar já disponível no Estado”, ressaltou Werner. “A abertura dos leitos em Ponta Grossa e Telêmaco Borba faz parte do plano de contingência que está sendo levado a cabo, com muito planejamento, desde o início da pandemia. Nenhum paciente de Covid ficou sem atendimento”, disse.
R$ 13 Milhões
O custeio para o funcionamento dessas novas alas do Hospital da Criança será assumido pelo Estado, totalizando R$ 13 milhões por seis meses, com recursos da Secretaria da Saúde e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Também está prevista a implantação de consultórios médicos e de enfermagem e duas salas de parto cirúrgico, chegando a 30 leitos de pediatria clínica e cirúrgica e dez leitos de UTI neonatal e pediátrica, totalizando uma estrutura de 75 leitos de atendimento materno-infantil.
UPA
O governador também vistoriou as futuras instalações da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Santana, que deve começar a funcionar em novembro. O Estado cedeu ao município o prédio de mais de 2 mil metros quadrados. A previsão é atender até 400 pessoas por dia.
A prefeitura realiza agora a reforma e adequações necessárias para a instalação de nova UPA, a segunda da cidade. Além de recursos próprios, o município também recebeu repasses da Justiça Federal e do Ministério Público Federal. A reforma está sendo administrada pelo Rotary Lagoa Dourada.
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