Por Josias de Souza, na Folha Online:
Uma bela iniciativa da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo foi conspurcada por uma ilegalidade hedionda. (AQUI o vídeo da reportagem)
A iniciativa é um curso de idiomas oferecido a estudantes pobres da rede estadual de ensino. A ilegalidade é a venda de apostilas supostamente “gratuitas”.
Revelada pelo repórter Athur Guimarães, a afronta à lei foi detectada em duas escolas –uma na capital paulista. Outra no litoral, em São Vicente.
Nos dois casos, depois de matriculados, os alunos são informados de que têm de pagar pelo material didático –R$ 18 na capital; R$ 23 no litoral.
A comercialização ocorre fora das escolas, em estabelecimentos pré-selecionados.
No vídeo lá do alto, confirma-se o malfeito da capital. No litoral, o acinte era exposto na página do curso na web, rapidamente retirado do ar.
Na internet, os alunos eram direcionados a duas gráficas, onde a venda do material “gratuito” se processava.
Procurada, a secretaria de Educação confirmou o óbvio: as apostilas, por gratuitas, não podem ser vendidas.
Em nota, disse que era improcedente a informação do comércio de apostilas na capital. Desconhecia o vídeo.
Quanto à escola do litoral, aquela que levara a prova do delito à internet, a secretaria informou que o caso será apurado.
“Serão tomadas as medidas cabíveis”. Tomara.
Governo tucano cobrando apostila de aluno pobre é coisa que pode dificultar o entendimento do artigo em que FHC aconselha ao PSDB parar de “disputar com o PT influência sobre […] ‘povão’.”
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