do Bem Paraná
“Truculenta, desnecessária e pode manchar a imagem da Polícia Federal”. É desta forma que o governador Beto Richa (PSDB) analisou a operação da Polícia Federal (PF) que resultou, nesta quinta-feira (20), no indiciamento de pelo menos 30 funcionários da Sanepar, acusados de poluição contra o Rio Iguaçu. O governador demonstrou estar indignado com o delegado da PF Rubens Lopes da Silva, responsável pela operação, que em entrevista coletiva taxou a estatal como “empresa de fachada”.
“É muito estranho que esta operação aconteça duas semanas antes de uma eleição. A investigação está em curso desde 2008 e porque só agora foi realizada e desta forma? Os servidores tem um imenso carinho pela Sanepar e estão indignados com a maneira truculenta com que esta ação foi realizada”, disse indignado.
Segundo Richa, a Sanepar é reconhecidamente a melhor empresa de saneamento do país. “Melhor quadro de servidores do país e um exemplo para outros estados, está é a Sanepar. Dois dias atrás a empresa ganhou um prêmio de eficiência e qualidade. De uma hora para outra é invadida por policiais armados”, apontou o tucano.
Para o governador, a imagem da PF pode ficar manchada por conta da operação realizada nesta semana. “Tenho um enorme respeito pela Polícia Federal, mas não posso admitir este tipo de atitude tomada sem nenhum critério, que pode vir a macular a imagem da corporação. Tudo me faz crer que este ato teve uma motivação política”, concluiu.
Sete pessoas foram presas em flagrante no final da tarde desta quinta-feira (20) no momento em que caminhões despejavam dejetos no rio Iguaçu, dentro da estação de tratamento de esgoto da Sanepar. O flagrante aconteceu após a Polícia Federal apontar que a Sanepar seria uma ‘empresa de fachada’ por cobrar dos usuários o tratamento de esgoto e não executar os serviços, além de denunciar que todas as estações de tratamento atuam de forma clandestina no estado. Por conta disso, O Ibama multou a Sanepar em R$ 38 milhões.
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