Já faz uma semana que estourou o escândalo das ligações do deputado André Vargas (PT-PR) com o doleiro Alberto Youssef e a senadora Gleisi Hoffmann e o PT do Paraná ainda não vieram à público esclarecer as denúncias sobre o coordenador da campanha da petista. Nem sequer se Vargas já está ou não afastado da campanha de Gleisi. Nenhuma nota ou qualquer declaração oficial ou não.
“Na vida política, e na vida de maneira geral, cada um responde pelos próprios atos. O deputado já falou sobre esse tema. Eu não acredito que a conduta de uma pessoa possa interferir num conjunto. É claro que é uma situação ruim, porque me parece que é uma pessoa que tem negócios escusos, mas não é o meu papel julgar ninguém”, se limitou a dizer Gleisi em Londrina.
É pouco para o deputado que no próprio site do PT é apontado “como responsável pela articulação política e formação de alianças para viabilizar a candidatura e campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT)”. Ainda em fevereiro, Vargas deu entrevista a Agência Estado como “coordenador de campanha de” da petista. Além dos contatos políticos, Vargas era responsável pela “mídia” da campanha e nessa condição, visitou jornais, redações, rádios e tv’s e até o que classificou de “blogueiros sujos” ligados ao petismo.
O estranhamento é com o silêncio da senadora. Não é a primeira vez que isso acontece. Outros dois assessores de Gleisi, figuras-chaves da sua pré-campanha, se envolveram em escândalos: Carlos Carboni, ex-chefe de gabinete de Gleisi, e Eduardo Gaievski, ex-assessor. Um envolvido em tráfico de influência, igual a Vargas, e outro denunciado por pedofilia. Hoje, Carboni e Gaievski reclamam que foram abandonados pelo PT e por Gleisi.