Quando os números não são favoráveis a Dilma, Gleisi Hoffmann (PT-PR) entra em cena. É o caso da pesquisa Pnad Contínua, feira pelo IBGE, em que aponta a taxa de desemprego em 7,1% e entre os jovens, de 15%. Essa Pnad
trimestral tem amostragem maior: é feita em todo o país, com mais de 200 mil pessoas. A mensal, apurada nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil, entrevista pouco mais de 30 mil pessoas. A Pnad mensal apontava a taxa de desemprego na casa dos 5,4%.
Não satisfeita com os números em ano eleitoral, Gleisi protestou no Senado e enviou requerimento pressionando o IBGE a não mais divulgar a Pnad trimestral. O instituto cedeu e adiantou que não vais mais divulgar a pesquisa até o ano que vem. A diretora de pesquisas do IBGE, Marcia Quintslr, não concordou com a decisão e pediu demissão do cargo, o mais importante da diretoria do instituto. Outros 30 servidores do IBGE, coordenadores de pesquisas, também entregaram seus cargos e o impasse só será resolvido na próxima semana.