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Gleisi privatiza Aeroporto Afonso Pena

Gleisi privatiza Aeroporto Afonso Pena

O aeroporto Afonso Pena entrou na lista dos terminais que o governo federal pretende repassar para o setor privado em 2015. É o que consta em nota enviado pelo Executivo ao Congresso prevendo as receitas com concessões. A informação é do jornal O Globo e do blog Aviões em Foco.

A expectativa do governo federal é arrecadar R$ 1,3 bilhão com a concessão do terminal em Curitiba. Há também a previsão R$ 1,3 bilhão para o leilão do aeroporto de Recife e R$ 376 milhões em Cuiabá. Segundo a nota, as concessionárias que arrematarem os aeroportos pagarão à União 30% à vista pela outorga e o restante com pagamentos anuais durante o período do contrato.

Essa movimentação do governo federal, que começou com a concessão dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos em 2012, e de Confins e Galeão em 2014, já deixou bem claro que é o melhor caminho para os principais aeródromos brasileiros, visto que a Infraero não tem capacidade nem agilidade para dar conta de tudo o que precisa ser feito para atender com qualidade e segurança os passageiros e as companhias aéreas.

Os investimentos em infraestrutura aeroportuária são muito altos e o capital privado é o ideal nessa área. Sem amarras burocráticas da máquina pública, as concessionárias conseguem realizar mais em menos tempo.

É exatamente isso que o Afonso Pena está precisando para que algumas obras menores avancem rapidamente e outras saiam do papel. Entre essas mais urgentes estão a ampliação do sistema de pistas de taxiamento para agilizar e melhorar as operações de pousos e decolagens.

Sem contar a própria instalação dos sistemas de pouso por instrumentos (ILS) de categoria 2 na pista 33 e categoria 3 na cabeceira 15. São duas intervenções que estão sendo realizadas há tempos, mas que ainda não estão em funcionamento, prejudicando empresas e passageiros nos períodos com grande repetição de nevoeiros.

A principal contribuição da iniciativa privada para o aeroporto em São José dos Pinhais é a construção da terceira pista. Uma demanda antiga e necessária não só para permitir que aviões cargueiros decolem com carga e permita voos de passageiros para outros continentes, mas principalmente para melhorar as operações, dando fluidez à gestão do tráfego aéreo e segurança.

O terminal que está sendo ampliado e deve ser inaugurado em 2016, para passar a atender 10,4 milhões de passageiros por ano, vai resolver temporariamente o crescimento na movimentação no aeroporto. Mas pelo aumento da demanda nos próximos anos, já é bom pensar em uma nova ampliação, dessa vez nas mãos da iniciativa privada.