por Rogério Galindo, no Caixa Zero
Gleisi Hoffmann vai completar em breve dois anos no comando da Casa Civil. Elio Gaspari recentemente fez uma maldade com ela. Disse que, quando assumiu, Gleisi era vista como “a Dilma da Dilma”. Hoje, seria apenas “a Gleisi da Gleisi”.
É fato que a ministra ainda não ganhou a fama de boa gerente que Dilma, na Casa Civil, conquistou. E que a levou à Presidência. (Se a fama de boa gerente ainda persiste depois de mais de dois anos de governo, essa é outra história.)
Mas, se as coisas estão empacadas em várias obras, por outro lado também não se ouve mais falar em escândalos como aconteceu com outros chefes de Casa Civil petistas (leia-se José Dirceu, Antonio Palocci e Erenice).
A acusação de falta de jogo de cintura, porém, para alguém que está justamente responsável pela articulação política do governo, é grave. Afinal de contas, esse é um dos papéis de Gleisi, e também de Ideli Salvatti: fazer o meio de campo com o Congresso.
Agora, há que se ver o que é esse “jogo de cintura” que os deputados esperam. No caso de Eduardo Cunha, o líder do PMDB, que foi quem fez a acusação à mídia, pode bem ser que se trate de um elogio. Pode ser que o pessoal esteja sentindo falta dos métodos de Lula e José Dirceu…
No entanto, não resta dúvida, a essa altura, que a paranaense não agrada boa parte do Congresso. Quando assumiu, um tucano do Paraná disse que ela não aguentava um mês no cargo. Durou dois anos até aqui. Terá feito o suficiente para merecer até o final do governo Dilma?
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