Gleisi Hoffmann (PT-PR) assumiu na prática a liderança de Dilma no Senado. Na terça-feira, 19, Gleisi se antecipou ao líder de fato, o amazonense Eduardo Braga (PMDB), para pedir um aparte no discurso do pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que responsabilizou a presidente Dilma Rousseff pela aprovação da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006. As informações são de Vera Magalhães do Painel/UOL.
Em tom incisivo e cheio de ironia, Gleisi disse “estranhar” a manifestação incisiva, ”até dramática”, de Aécio sobre o assunto, uma vez que a revista “Veja” já teria publicado, em 2012, que Dilma, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, aprovou a compra, sem que o tucano, já no Senado, se manifestasse.
A ex-ministra chamou de “oportunista” o pronunciamento do senador, que, na tréplica, afirmou ter ficado “decepcionado” com a ex-ministra, pois esperava dela explicações e argumentos para explicar o negócio, que teria gerado prejuízo para a empresa e para o “povo brasileiro”.
Só depois da discussão entre Gleisi e Aécio é que o líder Eduardo Braga pôde pedir a palavra para dizer que o governo apoiou a entrada do Senado na comissão externa que vai investigar a Petrobras, pois não tem medo de expor todos os fatos.Nas comissões, Gleisi já tem atuado como a representante do Palácio do Planalto, acompanhando as matérias de interesse do governo, pedindo vista de projetos que não interessa votar e fazendo o contraponto à oposição.
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