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Gilberto Carvalho: Governo quer ‘ouvir’ redes sociais

De Josias de Souza, na Folha Online:

Sob Dilma Rousseff, o Planalto deseja aproximar-se das redes sociais que eletrificam a internet.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) é quem está cuidando do assunto.

Deseja-se, por exemplo, monitorar os temas mais comentados em plataformas como o Twitter e o Facebook.

“A gente vai se dando conta que, ao lado da militância tradicional, hoje tem uma nova militância muito ativa que se faz presente nessas redes”, diz Gilbertinho.

“O governo tem a obrigação de ouvir a sociedade, e essas são novas formas de expressão. O governo se deu conta do volume de mobilização existente nessa área.”

Valendo-se de ferramentas de busca, o Planalto vai radiografar palavras-chave do seu interesse.

Num segundo momento, devem ser lançados perfis na web para estabelecer um diálogo com os internautas.

Serão perfis de pessoas físicas, não de ministérios ou órgãos públicos. Concluiu-se que os frequentadores da rede preferem se relacionar com gente de carne e osso.

Planeja-se também estimular o uso da internet para debater iniciativas oficiais. De resto, cogita-se inaugurar um portal semelhante ao que foi criado por Tarso Genro.

Governador petista do Rio Grande do Sul, Tarso abriu um portal no qua los internautas são estimulados a comentar as ações do governo e propor soluções alternativas.

No dizer de Gilbertinho, o governo quer “ouvir” os usuários de internet, para “acolher e estimular” o diálogo.

Segundo o ministro, a própria Dilma Rousseff é “aberta e antenada”. Ela teria se dado conta da importância das redes sociais na campanha presidencial de 2010.

A própria presidente, contou o ministro, é “aberta e antenada” e se deu conta da importância das redes sociais na campanha do ano passado. Lorota.

No curso da campanha, Dilma abriu uma conta no twitter. Hoje, conta com mais de 772 mil seguidores.

A última mensagem veiculada por ela nesse espaço data de 13 de dezembro de 2010. Dilma escreveu:

“Amigos, muito legal ser tão lembrada no twitter em 2010. Logo eu, que tive tão pouco tempo para estar aqui com vocês. Vamos conversar mais em 2011.”

Desde então, nenhuma palavra. O “vamos converser mais em 2011” boia na web como uma promessa de campanha descumprida.