Com a pressão absoluta dos líderes partidários ao presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), para que ele se afaste da presidência do legislativo, o 2º vice-presidente, Fernando Giacobo (PR-PR), ganha força na condução dos trabalhos da Casa. Com informações de Catarina Scortecci na Gazeta do Povo e da Folhapress.
Informalmente, Maranhão já se comprometeu a deixar a condução dos trabalhos para Giacobo. Mas a intenção dos líderes é que Maranhão abra mão de conduzir as sessões não somente por meio de um acordo verbal. Eles querem que Maranhão invoque trecho do artigo 17 do regimento interno da Casa, no qual “o presidente poderá delegar aos vice-presidentes competência que lhe seja própria”. A ideia seria dar mais força e estabilidade para Giacobo.
Na semana passada, Giacobo estreou na condução das sessões e, na segunda-feira (23), também presidiu os trabalhos, tumultuados pelo escândalo envolvendo o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ministro afastado do governo Michel Temer.
Segundo pessoas próximas a Giacobo, o paranaense tem gostado da tarefa. Na segunda-feira (23), ele estava entre os políticos que foram receber o presidente da República, Michel Temer, no Senado. Temer foi pessoalmente entregar a proposta de revisão da meta fiscal.
Giacobo tem tentado conduzir as sessões de forma “protocolar”. Mas as sessões prometem ser tumultuadas e líderes da base aliada voltam a se preocupar com o plenário, que precisará votar medidas da agenda Temer.
Na segunda-feira (23), embalada pelo caso Jucá, a oposição conseguiu fazer barulho, e levou a sessão conduzida por Giacobo até de madrugada, com a aprovação de uma única matéria – a Medida Provisória 708/2015, que autoriza a União a reincorporar trechos da malha rodoviária federal transferidos aos estados e ao Distrito Federal. A matéria agora segue para votação no Senado.
Foto: Agência Câmara
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