O prefeito Reni Pereira determinou um plantão permanente da equipe da Secretaria Municipal de Obras, para auxiliar em ações pontuais para reduzir o risco de enchentes em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A adoção de algumas medidas, como limpeza de bocas de lobo, desobstrução e construção de galerias são fundamentais para minimizar o drama da população, com as constatações dos institutos de meteorologia de mais de 200 mm de chuva, em menos de quinze dias.
O secretario Cristiano França identificou 42 pontos vulneráveis na cidade, que estão sendo monitorados. Desses, pelo menos dez têm exigido ações imediatas. Rios foram alargados e suas margens estão limpas. Projetos de construções de pontes estão em andamentos. Um deles já em fase de conclusão. No Rio Boicy, por exemplo, uma ponte nova, na Rua Tibagi, irá gerar mais que mobilidade urbana. O trabalho que está sendo feito já evitou novas enchentes e depois de concluído, sanará, definitivamente, o problema dos moradores da região.
Intervenções na Rua Edmundo de Barros e Amazonas estão no projeto. O da ponte na Rua Amazonas, ainda não foi executado devido à tubulação da Sanepar que passa pelo local. A empresa foi notificada e está empenhada na solução que também demanda projeto e processo licitatório. Para a obra acontecer é preciso o remanejamento da adutora de água que abastece 40% da população. A parceria entre Sanepar e Prefeitura de Foz do Iguaçu tem sido fundamental, afirmam ambas as partes envolvidas.
O prefeito Reni Pereira determinou a contratação de uma empresa – o processo encontra-se em fase final de licitação – que fará um diagnóstico completo do subsolo iguaçuense. Além de dimensionar a vulnerabilidade dos pontos, apontará caminhos e apresentará custos. ‘Queremos medidas definitivas. As paliativas estão sendo feitas diariamente. São transitórias e o problema acaba voltando’, explica o prefeito.
Em alguns pontos constrói-se canaletas para escoamento da agua, como no caso da Avenida General Meira. Além do alargamento e limpeza do Arroio Ouro Verde, que minimizou os casos de alagamento no Ana Rover e Jardim das Flores. Com as canaletas construídas no final da semana, o problema deve ser solucionado. A Rua Arapoti (Avenida Morenita), também passou por melhorias. Para que galerias pudessem ser construídas, foi preciso a participação da Sanepar.
Problemas crônicos
Entre os 42 pontos identificados pela Secretaria Municipal de Obras, três bairros têm demandado empenho exclusivo das Diretorias de Obras e de Serviços e Manutenção. Dois deles, o Jardim Santa Rita e o Vale do Sol (Colombelli). No primeiro (Santa Rita) foram construídas quatro caixas de captação de água e 100 metros da galeria pluvial. A cada chuva, os moradores ficavam, literalmente, embaixo d’água.
O Vale do Sol, ou seja, a Rua Nova União, ainda está em obras. O trabalho precisou ser interrompido por dois meses, devido a problemas encontrados no terreno rochoso (lage), que exigiu novo projeto e tubulação de constituição diferenciada. Mesmo sem terminar, a obra tem resultado em melhoria para a população. Não há registro de agua invadindo residências e o barro diminuiu substancialmente.
O terceiro, Jardim São Luiz, é considerado um dos cancros da cidade. Além de casas construídas em locais de preservação, o bairro recebe agua da chuva do jardim Lindoia, Dona Fatima, Jardim São Paulo e outros adjacentes. São feitas limpezas diárias nas galerias, e foram construídos ‘bigodes’ onde a água fica depositada. Mas a medida é paliativa. Com o tempo, esses buracos são cobertos pela terra e detritos trazidos pela chuva e a população enfrenta o mesmo dilema.
‘Diminuímos, mas não solucionamos’, explica França. ‘Precisamos de estudos. Projetos direcionados para cada situação. Estamos em estado de alerta, sempre. Trabalhamos nos sábados, domingos e feriados. É preciso empenho de todos. Tanto do poder público quanto da população’, disse. ‘Estamos buscando soluções e diminuindo o impacto da chuva. Foram mais 200 mm nos últimos quinze dias’.
Para o prefeito Reni Pereira, a unidade da sua equipe tem feito a diferença. ‘O nosso objetivo é único. Foz precisa de ação. Não há justificativa para tantos anos de omissão por parte do executivo municipal. Mas se nos cabe mudar esse quadro, vamos fazer. Estamos trabalhando dia e noite. Isso requer dedicação dos servidores e colaboração da população. As respostas, graças a Deus, têm sido positivas. Quem ganha é o nosso povo’, finalizou.
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