Governar um município do porte de União da Vitória não é fácil, requer muito trabalho e desafios. Mas é por isso mesmo que a eleição trouxe esse espírito de mudança com investimentos e o respeito ao dinheiro público. Nestes cinco meses de gestão, uma ‘força-tarefa’ foi organizada para reordenar todas as áreas de União da Vitória. São técnicos, especialistas e servidores de carreira que traçaram estratégias para recuperar as finanças do Município, atrair novos investimentos e planejar as futuras ações da nova administração.
Na primeira semana, dois graves problemas foram diagnosticados. Recebi a prefeitura com R$ 740 mil em caixa, porém com uma dívida de dezembro, não empenhada – quitamos o débito em janeiro de 2017. Herdamos uma uma conta de R$ 48 milhões para ser honrada ao longo do do mandato.
Em resumo, recebemos a prefeitura com pouca receita e muitas despesas e adotamos medidas de austeridade e racionalização do dinheiro público, o que inclui corte de muitos gastos e despesas. Mesmo que conjuntura econômica do país não fosse adversa, o gestor público tem saber usar com muita racionalidade todo dinheiro arrecadado dos impostos.
Entre as ações emergenciais, diminuímos em mais de 25% os cargos em comissionados. Revisamos todos contratos de prestação de serviços para conter gastos. Em reunião com os secretários, uma meta foi colocada: a redução dos custos fixos em 20% nos primeiros 100 dias de trabalho.
Para democratizar todas estas informações, aperfeiçoamos o Portal da Transparência do Município. O canal permite a qualquer cidadão acompanhar todo e qualquer investimento, gasto, despesa, ações e a aplicação dos recursos públicos.
Neste momento de ajuste das contas e do planejamento de novas ações, retomamos ainda parcerias com a iniciativa privada e também com Porto União (SC), município que faz divisa com nosso município. Uma das ações em conjunto com o prefeito de Porto União, Eliseu Mibach, é o pedido junto à Caixa Econômica Federal para que a cota de enchente baixe de 750 metros para 746,5 metros.
Somente isto nos trará possibilidade de aumento do financiamento dos imóveis – que hoje é de 20%, para 60%. A decisão, absolutamente, é fundamental para a construção civil e para recuperar o fôlego econômico de União da Vitória.
Recentemente, em Brasília, defendi a importância dos pequenos municípios aderirem às PPPs (parcerias público-privadas) para o desenvolvimento de projetos e de outras ações. Em União da Vitória, já trabalhamos há dois meses na PPP na área de iluminação pública, inspirada nos modelos de Florianópolis e Guaratuba. Estas parcerias desoneram muitos custos para o setor público e dão celeridade aos serviços.
Estamos enfrentando os desafios gradativamente, com as ações adotadas neste curto período da nossa gestão. Retomamos a maioria das obras paradas em União da Vitória. Formalizamos, ainda, a inclusão da cidade no programa Cartão Reforma, do governo federal, que garantiu R$ 500 mil disponíveis aos moradores para ações do gênero.
Estas ações e outras medidas programáticas nos dão uma nova perspectiva para o município, ajudam ainda a movimentar a economia, restabelecer o desenvolvimento e acelerar o crescimento de União da Vitória.
Santin Roveda é prefeito de União da Vitória
Deixe um comentário