Condenado pelo STF a 6 anos e 11 meses de prisão por envolvimento no escândalo do mensalão, o deputado José Genoino (PT-SP) será submetido à avaliação de uma junta médica para atestar que os problemas de saúde o impedem de voltar a trabalhar. O pedido de aposentadoria foi apresentado ontem, duas semanas antes do fim da licença retirada pelo petista em julho quando foi submetido à uma cirurgia para correção de dissecção da aorta e para o tratamento de uma isquemia cerebral leve, que foi revertida. O petista recebeu alta em 20 de agosto.
“Genoino precisa de repouso”, afirmou o advogado Luiz Fernando Pacheco. Caso o diagnóstico seja positivo, Genoino manterá o salário de R$ 26,7 mil e terá direito a plano de saúde pago pela Câmara ou reembolso por despesas médicas, mesmo que perca o mandato e comece a cumprir a pena no regime semiaberto por formação de quadrilha e corrupção ativa, acusado de assinar os empréstimos que abasteceram o mensalão.
Genoino assumiu o mandato em 3 de janeiro como suplente de Carlinhos Almeida (PT-SP), empossado prefeito de São José dos Campos (SP). Pela sentença do mensalão, o petista será obrigado a dormir na prisão, mas as condições de saúde poderão ser usadas para progressão de pena, que passaria a ser cumprida em casa.