O ultimo dos grandes jornais curitibanos a resistir ao tempo – ele circula há 94 anos – se prepara para sua mais ousada empreitada para sobrevir à escassez cada vez mais crescente de leitores de jornal-papel, praga que assola o mundo editorial ocidental. A Gazeta do Povo ( foto atual) – ainda sem data definida – vai circular com um novo formato, o mesmo da Tribuna. Um tamanho intermediário entre o standard de hoje e o tabloide. Jogada arriscada para conter a queda das vendas e de anúncios, a mesma tentada pelos extintos Jornal do Brasil e O Estado do Paraná.
A Gazeta, que já teve tiragens superiores a cem mil, exemplares aos domingos, tem hoje hoje uma circulação media de 44 mil. O que não é pouca coisa, haja vista que a Folha de S. Paulo – maior jornal brasileiro – tem tiragem em torno de 300 mil para uma cidade de mais de 12 milhões de habitantes, sem levar em conta que é um jornal de circulação nacional. Será um jornal enxuto e de custo editorial/industrial mais baixo.
O pessoal que não será aproveitado já está sendo dispensado, e a unidade gráfica da Vista Alegre está sendo vendida. Seria Curitiba avessa aos impressos? Porto Alegre com menos habitantes tem três jornais entre os dez maiores do país, todos com circulação diária acima dos 150 mil exemplares.
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