Em um momento em que os cuidados com a saúde são fundamentais a boa alimentação e a gastronomia sustentável ganham mais adeptos e passam por mudanças, oferecendo diferenciais e experiências que vão além do paladar.
A chamada gastronomia sustentável é um movimento que convida as pessoas a modificarem a conduta dos seus negócios e também repensar a forma de produzir e descartar os alimentos. Dentro deste princípio inclui uma prática sustentável que vai desde a gestão operacional de restaurantes e marcas, a logística para compra dos alimentos – comprar de produtores locais é sempre a melhor opção, utilizar no cardápio produtos da estação, evitar o desperdício e utilizar ao máximo cada alimento inclusive na composição dos cardápios.
Para o diretor acadêmico e responsável pelos cursos de Gastronomia do Centro Europeu – uma das mais renomadas escolas da América Latina nesta área, Rogério Gobbi, os temas relacionados ao aproveitamento integral dos alimentos, incentivo de produtores locais e sustentabilidade há muito tempo deixaram de ser apenas um discurso politicamente correto.
“Quem trabalha em uma cozinha conceito, seja bistrô ou renomada, até por virtude de cortes e apresentação de um formato, muitas vezes ocorrem perdas de alimentos e o descarte impacta no preço e na própria sustentabilidade”, conta Rogério. Por este motivo ele explica que – como escola de formação profissional – o Centro Europeu incluiu em seu curso de formação de Chef de Cozinha uma disciplina específica sobre sustentabilidade.
“O profissional da cozinha e da gastronomia é também responsável pelos recursos que alimentam a população do planeta e precisa ter consciência sobre a sua participação neste importante processo”, reforça Gobbi.
Um dos cursos de gastronomia do Centro Europeu, que está sendo oferecido online e é voltado para a alimentação saudável, o aluno aprende além de modos de preparo 100% saudáveis técnicas para preservação de nutrientes e dicas para melhorar o aproveitamento dos alimentos, economizando nas compras.
Mercado
De acordo com o relatório “Tendências em alimentação saudável”, elaborado pela empresa inglesa de pesquisa Mintel em 2019, os consumidores estão mais preocupados com saúde e sustentabilidade na hora de comer: 52% dos entrevistados têm dado preferência a alimentos e bebidas ricos em proteínas, fibras e com menos açúcar. Para a indústria, esse novo comportamento traz oportunidades de criar produtos, desenvolver diferentes nichos de mercado e aumentar o faturamento, aponta o estudo.
Além de dar preferência a alimentos naturais e nutritivos, os consumidores estão desenvolvendo um olhar abrangente, preocupando-se com o impacto dos seus hábitos alimentares no meio ambiente.
Dicas
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente – comemorado 05 de junho – conversamos com a nutricionista, pesquisadora e professora do Centro Europeu, Aline Quissak. Ela atua na área de alimentação e defende o uso dos alimentos com sustentabilidade.
- Evite o desperdício- Pensar no cardápio da semana, ajuda a economizar e evita desperdício. Com base neste planejamento, faça a lista e escolha alimentos – principalmente os perecíveis – de uma forma mais consciente.
- Priorize frutas, verduras e legumes da estação – Ao escolher alimentos da estação você estará contribuindo com o consumo e alimentos locais e sazonais.
- Zere o conteúdo de sua geladeira- Antes de ir às compras tenha como meta sempre utilizar tudo o que tem na sua geladeira. Esta é uma forma eficaz de combater o desperdício dentro de casa.
- Cozinhe a quantidade certaEsta é uma dica clássica, mas é sempre bom reforçar. Tente cozinhar a quantidade de comida adequada ao número de pessoas que irão comer.
- Use o alimento integralmente – Ser criativo na cozinha também faz parte do processo de produção e de sustentabilidade. Talos, cascas e sementes podem ser usadas em receitas e, além de serem nutritivos, possibilitam a criação de pratos muito saborosos.
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