Os garis, varredores e serventes de Curitiba anunciaram que vão entrar em greve a partir da próxima terça-feira (17), caso as reivindicações não sejam atendidas pela classe patronal. A decisão foi tomada depois que os trabalhadores rejeitaram o reajuste salarial de 4% em assembleias realizadas pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação da cidade (Siemaco).
“A situação está bem complicada. Tanto a Cavo, empresa fornecedora do serviço, quanto a Prefeitura tiveram fevereiro inteiro para apresentar uma proposta e, quando chega a hora, falam de um reajuste de 4%, bem abaixo da inflação do período, que foi de 7,68%”, explicou o presidente do Siemaco, Manassés de Oliveira, em entrevista à Banda B na tarde desta quarta-feira (11).
De acordo com ele, os trabalhadores pedem um reajuste de 20% no salário e aumento de 30% nos tíquetes. “Nós esperamos que haja uma melhoria nas negociações para evitar essa greve. Os funcionários precisam ser mais valorizados. Afinal, foram eles que ajudaram a incluir Curitiba no ranking das cidades mais limpas do mundo”, destacou Oliveira.
O presidente ainda afirmou que a expectativa é de que a greve seja parcial na coleta do lixo hospitalar e total no trabalho dos garis, varredores e roçadores. Segundo o Siemaco, a direção da Cavo alega dificuldades financeiras por causa da inadimplência da Prefeitura, que afirma, por sua vez, não ter recursos para garantir o reajuste reivindicado pela categoria. Sem previsão para o fim do impasse, a greve está marcada para a próxima terça-feira.