Bem que o deputado Fábio Camargo (PTB) tentou alertar, mas acabou meio que sufocado pelo palavreado decorado e pomposo dos deputados Valdir Rossoni e Ademar Traiano, presidente estadual e líder do PSDB na Assembleia. Agora veio a confirmação, ao elogiar Alexandre Gardolinski na entrevista a Rádio Band News, Beto Richa (PSDB), tinha claras intensões de que o mesmo retribuísse o favor "aliviando" seu depoimento perante a Justiça.
Dito e feito. Nesta quinta-feira (2) Gardolinski prestou depoimento ao Ministério Público Federal e assumiu a bronca, numa clara tentativa de livrar a figura de Beto Richa do caso. O ex-funcionário da prefeitura, e ainda amicíssimo do prefeito, disse que o que foi registrado pela câmara instalada por Rodrigo Oriente era da economia interna do comitê e que o prefeito nada sabia sobre o que aconteci por lá.
Quanto à gravação, Gardolinski afirmou que foi feita para assegurar a ele e a Oriente pressão sobre Manasses de Oliveira para obter cargos e outras benesses.
Para quem não lembra, Gardolinski é aquele senhor que aparece no vídeo-bomba dentro do Comitê Lealdade, montado para abrigar os 28 candidatos dissidentes do PRTB que trocaram o apoio a candidatura de Camargo pelo suposto recebimento de R$ 1,6 mil cada.
O vídeo em questão foi levado ao ar pelo Fantástico no domingo, 21. Além da compra de apoio político, o MPF e a Polícia Federal investigam denúncia de caixa 2 na campanha de reeleição de Richa em 2008.
Tenho acompanhado os acontecimentos que envolvem a campanha do Beto Richa e o imbróglio com os ex-candidatos. Infelizmente, o que se vê, aqui, são opiniões de pessoas com algum envolvimento com este ou aquele partido e partem para o ataque, principalmente ao prefeito, pois este é o personagem a ser enfraquecido. Muitos escrevem sem conhecimento algum dos fatos em si. A gravação existe, o dinheiro entregue aos ex-candidatos também, porém em momento algum foi provado o motivo daqueles pagamentos, isto virá com a investigação do MPF. Mas, o que fica evidente é que o Gardolinski preparou um esquema no qual ele pretendia chantagiar, não só o Manassés, mas também o próprio Beto Richa. Por quê? Simples: O Gardolinski trabalhou na FAS, mas nunca foi amigo da Fernanda Richa e nem do Beto Richa, foi funcionário. Ele sempre foi uma pessoa que procurava estar sempre por perto de pessoas importantes, até mesmo se fotografava com presidentes de associação de moradores para divulgar como apoio ao seu nome e assim, tirar proveito dizendo-se “amigo pessoal” destas autoridades e presidentes destas entidade. O Gardolinski tinha pretensão de se candidatar a deputado estadual e, para tanto, viu nas gravações a oportunidade de chantagear o Manassés que seria candidato a deputado federal e também o prefeito, candidato a governador, para que estes bancassem a sua campanha e ainda o apoiassem de forma extensiva. Portanto, estão dando uma importância a este cidadão que ele nunca teve e que não se pode dizer que era amigo do prefeito; se fosse amigo não teria feito isso. Ele foi sim, um bandido, com interesses pessoais que para conseguir o seu intento, iria chantagear e isto fica evidente na fita quando ele, por diversas vezes afirma; “O Beto mandou isso, o Beto disse aquilo”, ou seja, coloca o nome do prefeito com ênfase para dar peso na chantagem. Volto a dizer: é um bandido! Bandido que não se importou se isto iria prejudicar as outras pessoas que aparecem na fita, pois ele, que abriu o comitê, imóvel que era de seu cunhado, que buscou os recursos, que somente ele sabe de onde vieram, repassou como forma de ressarcimento as despesas de campanha aos que decidiram trabalhar em prol da campanha do prefeito e, editou para parecer que era dinheiro ilegal, deveria esclarecer e inocentar estas pessoas. Deveria – se tivesse caráter, mas infelizmente não tem. Provavelmente fosse usar estas imagens para chantagear os demais ex-candidatos também.
Portanto, não espero que os que, aqui, escrevem comprometidos com este ou aquele partido analisem com isenção, pois meu objetivo é esclarecer ao leitor interessado na verdade dos fatos e que analisam os fatos de forma serena e com tranqüilidade.
Os que agiram de forma ilícita agiram por conta própria e devem responder à lei, mas as injustiças devem ser reparadas.