Milton Andreolli (PT), prefeito de Realeza, continua operando abertamente para protegerEduardo Gaievski, ex-assessor pedófilo de Gleisi Hoffmann, preso desde agosto por 26 estupros cometidos contra menores, alguns deles contra vulneráveis. Nesta quarta-feira (11), Andreolli deveria depor como testemunha de defesa de Gaievski, mas alegou prerrogativas de foro para não comparecer à audiência, segundo informa o blogueiro Ucho Haddad.
O adiamento foi visto como mais uma manobra para proteger o pedófilo contratado por Gleisi para a Casa Civil e reforçou a decisão da bancada oposicionista na Câmara de Realeza de abrir processo de cassação do mandato do petista.
As manobras do prefeito para proteger Eduardo Gaievski estão se tornando um escândalo à parte.
Andreoli concedeu licença de dois anos para o secretário municipal da Administração, Fernandes Borges, preso quando subornava vítimas para que mudassem depoimentos sobre os estupros cometidos pelo delinquente sexual.
Fora isso, o prefeito não demitiu Edmundo Rafael Gaievski, o Fafo, irmão do pedófilo e motorista da prefeitura, apesar de o mesmo estar foragido há mais de quarenta dias, também acusado de subornar e intimidar vítimas e testemunhas contra o pedófilo.
O caso mais escandaloso do uso da máquina pública, pelo prefeito, para proteger o pedófilo é o do aposentado João Pontes, avô de uma das vítimas.
Ele afirma ter sido ameaçado para deixar um terreno da prefeitura, onde residia há anos, caso as declarações de sua neta – que foi estuprada por Gaievski – não fossem retiradas do processo.
Pontes morava com a mulher e dois filhos há nove anos no Viveiro Municipal, em Realeza, e foi instruído, em 3 de setembro, pelo secretário de Administração da prefeitura, Fernandes Borges, a convencer a neta a retirar a denúncia contra o ex-prefeito.
Diante da negativa, foi notificado pelo próprio Milton Andreolli para desocupar em no máximo trinta dias o imóvel.
As relações entre o prefeito e Gaievski são antigas e derivam para o campo familiar.
Sucessor de Gaievski, o atual prefeito foi secretário municipal da Saúde durante sete anos e chefe de gabinete no último ano do mandato do pedófilo.
O filho de Gaievski, André Willian Szpak Gaiveski, que também está preso por intimidar testemunhas, namora a filha de Andreolli.
Todas essas ligações, na visão dos vereadores de Realeza, não podem justificar o escancarado e ilegal uso da máquina municipal para defender um criminoso.
Os vereadores estão reunindo provas para fundamentar um eventual processo de cassação do mandato de Milton Andreolli.
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