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Barril de pólvora – Eduardo Gaievski, ex-assessor da ministra Gleisi Hoffmann na Casa Civil e preso por estupro de vulnerável, está furioso e disposto a dar o troco. Preso em Foz do Iguaçu e levado para Curitiba, o pedófilo sente-se abandonado e traído pela ministra e pelo PT. Queixa-se que, desde o primeiro momento, o partido e os companheiros o atiraram às feras, sem que dissesse alguma uma palavra a seu favor ou tivesse colocado em dúvida as acusações. O PT não providenciou advogados para defendê-lo, da mesma não usou influência para ajudá-lo e sequer deu meios para que concluísse seu plano de fuga. Encarcerado há duas semanas, Gaievski alterna momentos de depressão e fúria. “Estou sendo tratado como um leproso e vou chutar o balde”, teria avisado.
A lista de ressentimentos de Eduardo Gaievski é grande, mas ele vem se concentrando em alguns nomes. Nutre enorme revolta em relação à ministra Gleisi Hoffmann, que se dizia sua grande amiga e foi buscá-lo em Realeza, no interior do Paraná, para que coordenasse sua campanha ao governo do Estado a partir de um posto-chave na Casa Civil. Contundo, a ministra agora finge que mal o conhecia, emitindo nota oficial sobre o ex-assessor em que destacou sua preocupação em manter distância segura do escândalo. “Gaievski foi contratado para acompanhar programas do governo federal desenvolvidos em parceria com a prefeitura e a decisão de admiti-lo considerou a gestão dele em Realeza”, afirma a nota assinada por Gleisi.
Gaievski está furioso com o marido de Gleisi, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), que o recrutou para o PT. Foi Paulo Bernardo também quem o convocou para disputar a prefeitura de Realeza em 2004. Já prefeito da cidade, Eduardo Gaievski entregou o título de cidadão honorário ao ministro, em 2007. Mas o titular das Comunicações agora não o conhece mais.
O pedófilo também não perdoa o presidente do PT do Paraná, deputado Enio Verri, que, segundo diz, vivia a bajulá-lo, tentando conseguir benesses para sua base política. Quando teve a prisão decretada, Verri determinou a suspensão sumária de sua filiação ao PT, passando desta forma uma espécie de atestado de culpa. A frase de Verri “o caso Gaievski não vai manchar a candidatura de Gleisi” enfureceu ainda mais o ex-assessor.
Quem também ocupa um lugar de destaque na lista negra de Eduardo Gaievski é a deputada estadual Luciana Rafagnin, do PT paranaense. Luciana havia proposto uma dobradinha com Gaievski em 2014. Ela disputaria uma vaga para deputada federal e ele para estadual. Quando o caso explodiu, Luciana não disse uma só palavra em sua defesa.
Aos poucos que o visitam, Gaievski tem dito que está cada vez mais revoltado e, por saber demais, disposto a abrir sua caixa de ferramentas. Prefeito de Realeza por duas vezes (2005-2012), o ex-assessor da Casa Civil conhece a fundo como funciona o esquema do PT com as prefeituras do partido. Fora isso, tem detalhes explosivos do modus operandi do PT no tocante às campanhas que interessam ao Palácio do Planalto. “Se eu começar a falar todos vão se lembrar que me conhecem”, acredita Eduardo Gaievski.
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