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Fuga de “ministros candidatos” vai acelerar reforma da presidente Dilma

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O conjunto do atual ministério da presidente Dilma Rousseff (PT), composto por 39 pastas, não está agradando a chefe. Dilma está irritada com a fuga às sexta-feiras dos ditos “ministros candidatos”, que irão disputar as eleições em outubro de 2014.

Este é o caso da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que nas últimas semanas, sempre as quintas e sextas, tem cumprido agenda no Paraná, como candidata à sucessão do governador Beto Richa (PSDB). Dilma quer fazer a reforma ministerial de uma vez só no início do próximo, não em abril, como pretendem alguns titulares das pastas, para aproveitar ao máximo a vitrine presidencial.

Gleisi (foto) deverá ser substituída pelo ministro da Educação, Aloízio Mercadante, como informa Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira (09).

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NO MESMO LUGAR
A presidente Dilma Rousseff está sofrendo pressão de ministros que não querem deixar o cargo antes de abril. Entre outros está Alexandre Padilha, da Saúde, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento. Candidatos ao governo em São Paulo e Minas Gerais, eles não querem perder a vitrine do governo federal.

PRESENTE
A presidente, no entanto, está inclinada a fazer a reforma de sua equipe de uma só vez. E já marcou data para se debruçar quase que exclusivamente sobre o tema: o próximo sábado, 14 de dezembro –dia de seu aniversário.

INTERVALO
Pelos planos iniciais, Dilma intensifica as negociações partidárias até dezembro. Sai de férias, reflete, volta a Brasília no dia 6 de janeiro e anuncia a sua decisão.

TCHAU, DILMA
A vontade de mudar todo o ministério de uma vez decorre de uma constatação: quase nenhum ministro candidato trabalha às sextas-feiras, por exemplo. Todos viajam às suas bases eleitorais. Estão no governo, mas com a cabeça longe de Brasília.

PODE SER
E Dilma deu sinais de que Aloizio Mercadante, da Educação, pode mesmo ocupar a Casa Civil em 2014.

Ele, por sinal, é um dos poucos que, em geral, ficam às sextas na capital.