Do Fábio Campana:
Prestes a aderir a base de Dilma Rousseff o ex-deputado Gustavo Fruet articula um discurso para explicar aos seus eleitores tradicionais, especialmente aqueles que tem aversão ao PT, porque está mudando de lado. “Essa história de que fui adversário do PT na Câmara Federal não pega numa eleição municipal, onde os temas são locais, diferente de uma disputa nacional”, diz Fruet apostando que seu eleitorado não vai refugar uma aliança com o Partido dos Trabalhadores.
Fruet também confia em uma pesquisa que indicaria que só um percentual reduzido de eleitores deixaria de votar nele por se aliar aos petistas. O ex-deputado acredita que a perda de eleitores revoltados com sua mudança de lado e sua disposição para fazer o jogo do PT será amplamente compensada pelo voto de eleitores petistas. Essa compensação seria ainda mais substancial se a cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores conseguir convencer o deputado Ângelo Vanhoni a sair como seu vice. Vanhoni reluta, mas poderia ser sensível a apelos e convencimentos.
O PT tem grande interesse nessa aliança porque considera a conquista da prefeitura de Curitiba em 2012, ainda que seja por meio de um preposto, fundamental para dar condições efetivas para que Gleisi Hoffmann tenha condições para enfrentar o governador Beto Richa na disputa pelo governo do Estado em 2014. Fruet, por seu lado, avalia que a aliança com o PT é inevitável e que o eleitorado poderá ser convencido que o que importa são os temas locais e sua antiga postura anti-PT não vai ser lembrada nem vai atrapalhar.
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