Gustavo Fruet participou do primeiro embate público com Ratinho Jr, seu concorrente à Prefeitura de Curitiba, no evento Papo Universitário, promovido pelo jornal Gazeta do Povo e pela UniCuritiba.
O encontro foi realizado ontem no Teatro Paiol, e teve como temas a mobilidade urbana, a Copa do Mundo, a gestão participativa e a transparência. As perguntas foram feitas por jornalistas da Gazeta, universitários e internautas.
Na área da mobilidade urbana, Fruet destacou o investimento no modal da bicicleta, com a criação de 300 quilômetros de ciclorrotas, adotando trechos curtos de 4 a 5 quilômetros, que vão levar gradativamente a mudança de comportamento das pessoas em relação aos transportes. “Este é um trabalho de incentivo para várias gerações. Não vamos vencer a batalha nas ruas com rodízio ou pedágio para os carros, mas com uma conscientização das pessoas para a utilização de novos modais e também com o investimento em transporte público, cuja qualidade dos serviços vamos recuperar”, afirmou. Ele ainda lembrou que é preciso mudar o pensamento de que a utilização de ônibus é apenas para pessoas de baixa renda.
O candidato do PDT defendeu uma ampla discussão sobre o modelo de transporte de alta escala que a cidade irá adotar, inclusive o metrô. Segundo ele, o maior nó do sistema de alta escala está no grande número de cruzamentos que há nos corredores de ônibus da cidade. “Se isto não for resolvido, não adianta aumentar a capacidade do sistema com os biarticulados ou com o VLP (Veículo Leve sobre Pneus), como o candidato Ratinho propõe”, destacou.
Para Fruet, é preciso trabalhar na inteligência de trânsito e na sincronização dos sinais dos cruzamentos para aumentar a velocidade do transporte coletivo e, consequentemente, o número de passageiros transportados por hora. “Curitiba está atrasada na questão do sistema integrado de mobilidade, que permite a sincronização. Temos a tecnologia, mas ela ainda não foi implantada, o que irá acontecer em nossa gestão”, revelou.
Fruet quer investir R$ 250 milhões de recursos próprios da prefeitura para fazer obras viárias, como trincheiras e viadutos, construir novas conectoras e um terceiro anel na divisa com a Região Metropolitana, recuperar e construir novos terminais de ônibus. “Vamos recuperar o Ippuc como órgão de planejamento físico da cidade e desconcentrar Curitiba, criando pelo menos seis centro de bairros, com fortes investimentos de infraestrutura e tecnologia. Daremos a possibilidade de melhor deslocamento pela cidade, mas vamos permitir que a população possa trabalhar e ter lazer no seu próprio bairro”, assegurou.
Foto de Everson Bressan.