Por essa Gleisi Hoffmann (PT) não esperava. Professores da rede municipal de ensino de Curitiba, de sindicato ligado à à CUT e ao PT, vão entrar em greve a partir de segunda-feira (11) e é mais um problema para seu principal aliado na capital, o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Resta saber ainda qual será a posição da voce-prefeita, Mirian Gonçalves (PT), desafeta de Gleisi e aliada dos sindicatos cutistas.
A categoria reivindica a implantação imediata do novo plano de carreira, já elaborado pela prefeitura, mas com incorporação total prevista para daqui a dois anos. A paralisação é por tempo indeterminado. A adesão à paralisação – a segunda do ano – foi aprovada em assembleia realizada em 31 de julho. Em março, a greve dos professores da capital chegou a fechar 71% das escolas municipais. As informações a seguir são da Gazeta do Povo.
Segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), pais e alunos estão sendo comunicados sobre o movimento da próxima semana. Além disso, equipes do sindicato devem percorrer as instituições de ensino durante o dia para reforçar a orientação e convocar professores e pedagogos para a greve.
A presidente do Sismmac, Andressa Fochesatto, explica que, além de pedir a implantação imediata do novo plano, a categoria cobra a revisão de alguns pontos, como os critérios para estabelecer o crescimento profissional na área. Entre estes tópicos estaria a porcentagem oferecida para quem passa do título de especialista para mestre. O sindicato revela que, ao contrário do plano atual, que oferece ganho de 21% sobre o salário, a nova proposta contempla aumento de 20%. “Vemos isso como uma perda para a categoria”, afirma Andressa. Segundo o sindicato, cálculos realizados com o apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese) mostram que a implantação
parcelada do novo plano de carreira, como está previsto pela prefeitura, geraria perda de até R$ 17 mil para profissionais que possuem mais tempo na rede.
Mobilizações
A partir de segunda-feira, os professores deverão realizar mobilizações constantes na cidade, principalmente na Câmara Municipal, onde tramita o projeto. “Sabemos que a implantação imediata depende do plano da lei orçamentária [LOA, que é uma previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas para o ano seguinte]. Então, para 2014 não tem como. Mas estamos pedindo para que toda a adesão ao plano comece a valer a partir de 2015”, acrescenta Andressa.
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