O prefeito Gustavo Fruet (PDT) não gosta dos usuários de ônibus de Curitiba. Numa canetada, Fruet mandou acabar com o seguro de acidentes pessoais que garantia indenização aos usuários, em casos de acidente, do transporte coletivo. A justificativa da Urbs é que a medida reduz em um centavo os custos na tarifa técnica por passagem.
O seguro foi garantido aos usuários como uma exigência contratual para as empresas definida na licitação da rede de transportes em 2010 – a primeira há história do sistema desde 1953. Pelo contrato, o “segbus” garantia indenização ao passageiro que sofresse ferimentos dentro de ônibus, terminais e estações-tubo, seja por acidente de trânsito, queda ou assalto.
A indenização era de até R$ 3 mil para cobrir despesas com atendimento hospitalar, odontológicas e gastos com medicação, em caso de ferimentos. No caso de morte acidental ou invalidez as indenizações podiam chegar a até R$ 20 mil. Mais de 50 pessoas solicitavam esse seguro por mês, segundo a Gazeta do Povo. A maioria dos casos era de vítimas de quedas nos ônibus, em colisões ou que ficaram prensadas em portas.
A Urbs mandou a carta às operadoras do transporte, desonerando-as da obrigação de contratar o seguro. A partir de agora, quem sofrer um acidente, ficará à mercê do atendimento Samu e do Siate, que levam até o hospital. E só.
Junto com o seguro Segbus, Fruet cortou também o kit inverno, que são roupas cedidas aos motoristas e cobradores para dias de inverno, quando as baixas temperaturas e o vento incomodam os trabalhadores. No comunicado, a Urbs diz que alternativa ficará a cargo da FAS, que poderá fornecer cobertores e agasalhos.
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