Na última reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus,coordenada pelo deputado Michele Caputo (PSDB), um dos principais pontos de discussão foi a retomada da economia através de setores estratégicos como o turismo. “É de suma importância ouvir com todos os setores para auxiliar na garantia de créditos com emendas orçamentárias, projetos de lei, decretos legislativos e sugestões para o Executivo”, disse Michele Caputo.
Uma das sugestões apresentadas para a retomada do setor pelo presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, está em oferecer mais condições ao turismo local com campanhas, créditos e outros incentivos. “ Temos que incentivar com que os paranaenses conheçam melhor as regiões do estado”, ressaltou
O secretário estadual de Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Borges, reforçou a importância da criação de um programa de atração do turismo regional. Além disso, o secretário expôs as startups no apoio ao crescimento, com vouchers para a aceleração da área. Borges afirmou que será necessário a capacitação de trabalhadores para atuar nas diversas áreas que vão demandar as ações de retomada da economia.
Já o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Alves das Neves, destacou o papel do órgão durante a pandemia. “A carteira de crédito oferecida este ano vai superar o que foi ofertado no ano passado”, afirmou em relação aos setores como o de turismo e hotelaria. “Estamos com quase 20 mil contratos médios com valores em torno R$ 5,6 mil para os informais e empresas de pequeno porte. Este é papel das agências de fomento”.
Enfrentamento
Do lado do empresariado, o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Foz do Iguaçu (Sindhotéis), Neuso Rafain, relatou as dificuldades do setor em uma das regiões de maior fluxo de turistas do Brasil. “O setor de eventos, que emprega milhares de pessoas, está em situação totalmente desfavorável” disse.
“Estamos sem saber que rumo tomar. Dois hotéis em Foz do Iguaçu, tradicionais, fecharão as suas portas. Um foi colocado à venda e o outro, com mais de 150 apartamentos disponíveis, não tem interesse de retornar às atividades”, alertou.
Rafagnin, no entanto, afirmou que a Itaipu e Cataratas do Iguaçu retomaram suas atividades. E pediu que o governo concentre esforços para a recuperação do setor hoteleiro para acompanhar a retomada. “Infelizmente não tivermos atendimento da Sanepar para ajudar com as taxas de subsídio. Os hoteleiros estão pagando uma conta muito alta. As contas de luz, mesmo com estabelecimentos fechados, chegam a milhares de reais por hotel”, relatou.
“Pedimos à Frente Parlamentar atenção a Foz do Iguaçu, que investe no preparo para atender cada vez mais turistas. Para 2030, a projeção é de 5 milhões de turistas por ano. Precisamos de infraestrutura adequada. Acreditamos na retomada, cuidando dos nossos associados e pedimos que nos ajudem”, cobrou.
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