O ex-presidente Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses no primeiro dos 5 processos em que é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A sentença do juiz Sergio Moro demonstra que fracassou a mais suja, desleal e cara campanha em defesa de um criminoso movida na história do Brasil.
O PT tentou tudo. Os mais caros advogados, campanhas de difamação, de intimidação, e até a ameaça da violência e quebra da ordem pública, na tentativa de amedrontar o país e emparedar o Judiciário para evitar a condenação de seu líder.
Nesse contexto, a condenação de Lula, além de sua importância histórica e política, representa um fracasso do modo PT fazer política. Um malogro no cinismo sem limites, que tenta transformar saqueadores de estatais em “heróis do povo brasileiro”, e que se habituou a denunciar a Justiça como parcial, conivente ou mal-intencionada, sempre que os resultados não agradam ao partido.
A condenação de Lula, que tende a ser seguida por outras, já que os outros processos em que o ex-presidente figura como réu contém elementos de prova ainda mais devastadores (como a posse furtiva do sítio de Atibaia), estabelece que não existe ninguém acima da lei.
Pois foi exatamente isso que o PT pretendia, ao dizer que não se podia tirar Lula da disputa presidencial já que ele teria chances de vencer. Uma lastimável visão do Direito. Não estaria aí em jogo o caráter criminoso das ações de um indivíduo, mas seu potencial eleitoral e o fato de ter um partido-seita a apoia-lo fanaticamente garantindo-lhe uma espécie de imunidade da qual só encontram registros em regimes onde a democracia nunca existiu ou já foi destruída.
Enquanto submergem em um non sense raivoso (petistas chegaram a pedir a prisão de Moro…), os petistas jogam suas fichas na possibilidade de a sentença de Moro ser revertida em Tribunal Regional da 4ª Região. Uma possibilidade remota, se as estatísticas e padrão de rigor de Porto Alegre forem mantidos.
Os desembargadores de Porto Alegre já confirmaram 12 sentenças de Moro envolvendo 48 réus. O tempo de prisão aumentou para 19 condenados, foi mantido para 14 e reduzido para dez, apenas cinco pessoas foram absolvidas.
Ademar Traiano é presidente da Assembleia Legislativa e presidente do PSDB do Paraná
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