A Procuradoria do TJD-PR deu o primeiro parecer favorável ao Foz do Iguaçu na guerra pela segunda vaga da Divisão de Acesso. O procurador Gustavo Bizinelli denunciou o Operário por abandono de campo e pediu que o time de Ponta Grossa perca os pontos do jogo de domingo. O procurador denunciou o Operário com base no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (impedir o prosseguimento da partida), infração que prevê perda de pontos em favor do adversário, proibição de participar do campeonato seguinte e multa de até R$ 200 mil.
Na partida, o time do Operário saiu de campo após a marcação de um pênalti em favor do Foz. O árbitro Edivaldo Elias da Silva esperou 10 minutos, conforme ele próprio aponta na súmula, e terminou o jogo. O Operário pede a anulação da partida, pois entende que o árbitro deveria ter esperado 30 minutos regulamentares antes de dar o jogo por encerrado. “Mas o Regulamento Geral de Competições determina que os 30 minutos devem ser aguardados somente em caso de falta de energia ou de segurança. Não foi o que aconteceu. O Operário simplesmente entrou no vestiário e desistiu da partida”, justificou o procurador, que defende a decretação do placar de 3 a 0 para o Foz.
Na mesma denúncia, Bizinelli enquadrou o Foz pelo tumulto generalizado e pediu pena de perda de mando de campo para a equipe da fronteira. Outros cinco atletas do Operário também foram denunciados pela briga depois da marcação do pênalti. O presidente do Tribunal, José Roberto Dutra Hagebock, já marcou o julgamento para a próxima segunda-feira, na 2.ª Comissão Disciplinar.