Foz do Iguaçu fechou o primeiro semestre de 2024 com saldo positivo de 2.576 novas empresas. O número é resultado da diferença de 4.965 unidades abertas, frente aos 2.389 fechamentos no período. O balanço foi divulgado, pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar).
Os dados mostram que houve um crescimento de 14% na constituição de novos negócios em comparação aos primeiros seis meses de 2023, quando foi registrado um saldo de 2.241 empreendimentos.
O levantamento aponta ainda que do total de empresas abertas de janeiro a junho deste ano, 130 foram beneficiadas com o selo de baixo risco, o que significada que elas obtiveram dispensa de licenciamento ambiental, sanitário, do corpo de bombeiros e da defesa agropecuária.
A ação tem como base o Decreto 3434/2023, de 14/09/2023, que regulamentou a Lei da Liberdade Econômica no Paraná. O ato, que entrou em funcionamento no dia 31 de janeiro, dispensa empresas de 771 atividades da necessidade de licenças diversas. O processo facilita a constituição do negócio, que se torna bem mais rápido.
Antes da implementação, empresas que representavam baixo risco em suas atividades ainda eram obrigadas a solicitar licenciamentos e alvarás, o que resultava em uma burocracia desnecessária, mesmo para atividades que não envolvam grandes impactos socioambientais. O novo texto eliminou essa necessidade, proporcionando uma tramitação mais ágil e simplificada para os empreendedores.
Em todo o Paraná, 11.207 empresas foram enquadradas no selo de baixo risco no primeiro semestre. No ranking dos 10 municípios mais beneficiados, Foz ocupa o 6° lugar, atrás de Curitiba, que registrou a abertura de 2,3 mil empresas; Maringá (607 aberturas), Londrina (447), São José dos Pinhais (224), Cascavel (216) e Ponta Grossa (186).
O ranking de novas empresas é liderado pelos Microempreendedores Individuais (MEIs), seguido das empresas LTDA, e de Natureza Jurídica Empresário. O mês com o maior número de constituições e encerramentos na Terra das Cataratas foi abril, com a formalização de 974 empreendimentos, ante 441 fechamentos.
Resultados gerais
Em nível de Estado, foi contabilizado um saldo positivo de 68.473 empresas, o que representa crescimento de 3,37% em relação ao mesmo período de 2023 (66.243). O número é a diferença das 157.411 aberturas e os 88.938 fechamentos.
Levando em consideração apenas as aberturas, o aumento foi de 7,90% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 145.890 empresas foram constituídas. O Paraná fecha o semestre com mais de 1,7 milhão de empresas ativas.
“Esse crescimento contínuo na economia paranaense é demonstrado pelo empreendedor, na credibilidade do atual governo estadual, assim como na eficiência da Junta Comercial do Paraná com os órgãos licenciadores”, avalia o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni.
O mês de junho apresentou bom desempenho no tempo de abertura de empresas. No sexto mês do ano, o empresário gastou, em média, 8 horas e 37 minutos no Estado para registrar o negócio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A marca foi a segunda melhor do País, atrás apenas da registrada por Sergipe, (6 horas e 21 minutos), estado cuja movimentação é 13 vezes menor do que a realizada pelo Paraná no mesmo período.
Dados da Jucepar indicam ainda que em cinco anos, o Paraná deu um grande salto no tempo de abertura de empresas. De segundo estado mais lento em janeiro de 2019, o Paraná pulou para a segunda colocação como o estado mais ágil em fevereiro de 2024. A redução foi de 201 horas ou 12,6 mil minutos, o que dá mais de uma semana.
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