Convênio com Centro Pompidou, da França, foi assinado nesta segunda-feira (27) pelo governador Ratinho Junior, prefeito Chico Brasileiro, Itaipu Binacional e Renault do Brasil
Foz do Iguaçu foi a cidade escolhida para sediar um museu internacional no Paraná, com o objetivo de impulsionar as atividades turísticas no município. Na última segunda-feira (27) o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, o prefeito Chico Brasileiro e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Anatalicio Risden Junior, assinaram convênio com o Centro Pompidou, da França, e a Renault do Brasil, para o desenvolvimento do projeto.
O governador Ratinho Junior comentou que a negociação com a instituição francesa foi iniciada há dois anos e Foz foi a cidade escolhida para sediar o primeiro museu Pompidou da América Latina. Segundo ele, o objetivo é atrair um novo nicho de turistas para a cidade e também incentivar a permanência dos visitantes no destino por mais dias.
“Precisamos criar instrumentos para que o turista possa ficar, por isso o projeto de trazer um grande museu. O turismo de museu é uma atividade que movimenta milhões”, afirmou Ratinho Junior. O governador ressaltou que a construção do museu vai ao encontro de uma série de investimentos em infraestrutura que vem sendo feita na cidade em parceria entre o governo estadual, a Itaipu e a prefeitura, como é o caso da ampliação do Aeroporto, a segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai e a Perimetral Leste.
O prefeito Chico Brasileiro comentou que a união do turismo com a cultura resulta em um “casamento perfeito” e o município sempre buscou um equipamento que pudesse trazer esta harmonia. “Receber este museu é uma grande conquista para Foz do Iguaçu, que irá se equiparar aos grandes centros internacionais de cultura”.
De acordo com o prefeito, o Município foi procurado pela superintendente-geral da Cultura do Governo do Estado, Luciana Casagrande Pereira, que apresentou o projeto à equipe da Fundação Cultural. “Prontamente, fomos atrás de um espaço que possa sediar este grande projeto, que vai se somar aos grandes atrativos que temos na nossa região”, disse Brasileiro.
“Esse museu alavancará a economia local com o incremento do turismo, além de alçar o nosso país e a nossa cidade a um novo patamar cultural, com a cooperação do Centro Pompidou, da França”, destacou o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, almirante Anatalicio Risden Junior.
Próximos passos
Após a assinatura do convênio entre o Governo do Estado, a Itaipu Binacional, a Prefeitura de Foz e a Renault do Brasil, será construída a modelagem do projeto, com aprovação do Centro Pompidou. Na sequência, o projeto arquitetônico do museu será escolhido por meio de um concurso cultural com engenheiros e arquitetos de todo o Brasil. A área prevista para a obra é de 10 mil m², onde serão abrigadas diversas manifestações culturais e incentivada a produção cultural da região.
Sobre o Centro Pompidou
Mais do que um museu de arte, o Centro Pompidou de Paris é um complexo cultural efervescente, que abriga biblioteca, ateliê de escultura, cinema e centro de música e estudos acústicos. É também um dos locais de encontro mais procurados por parisienses e visitantes. Além da sede francesa, o Pompidou possui “antenas”, como são chamadas suas unidades, na Bélgica, Espanha e China.
Instalado há 45 anos em um dos bairros mais antigos de Paris, o distrito de Saint-Merri, o Centro Georges Pompidou possui um acervo de mais de 100 mil obras e a maior coleção europeia de arte contemporânea.
Suas características estruturais, com seu projeto arquitetônico inovador, como se a estrutura estivesse às avessas (assinado pelos arquitetos italiano Renzo Piano e o britânico, Richard Rogers), atrai milhares de visitantes. Outro chamariz é o acervo permanente do complexo, composto de obras de Pablo Picasso, Henri Matisse e Vassily Kandinsky, entre outros. Hoje, o Pompidou abriga uma das melhores coleções de arte moderna e contemporânea do mundo, comparável à do MoMa, de Nova York, e ao da Tate Modern, de Londres.
Além do museu, o centro multidisciplinar promove atividades artísticas para a comunidade, com ênfase na cultura dos séculos 20 e 21.