Uma operação conjunta entre os ministérios públicos do Rio e do Paraná, com apoio da Policia Civil, prendeu nesta quinta-feira um homem identificado como Lucas Iagla Turqueto, conhecido como Bart , apontado como chefe de uma quadrilha de hackers responsáveis pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto qualificado e organização criminosa que atuava em todo o país. Ele foi preso em uma cobertura de luxo de Curitiba, onde os agentes encontraram R$ 630 mil em espécie. Esta foi a 5ª fase da “Open Doors” , que cumpriu mandados no Paraná, Rio, Goiás e Minas Gerais. As informações são d’O Globo.
Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Justiça de Barra Mansa, no Rio. Segundo a Polícia Civil fluminense, a residência era considerada o quartel-general do crimes cometidos por hackers. Foram apreendidos ainda computadores utilizados nas fraudes bancárias em sites falsos.
Além do hacker Bart (apelido em alusão ao personagem do seriado Os Simpsons), outras 15 pessoas foram presas: 12 no estado do Rio, duas em Minas Gerais e uma em Goiás. Em Campo Mourão (PR) foram apreendidos três veículos e cerca de R$ 38 mil, além de cartões bancários e equipamentos.
Não foram divulgadas mais informações sobre os suspeitos, pois as investigações correm em segredo de Justiça.
Outras ações contra a lavagem de dinheiro ocorreram nesta quinta-feira nos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe e foram articuladas pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) , com participação da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de outros estados.
Desvios de R$ 150 milhões
Na 5ª fase da “Open Doors” foram apreendidos cerca de R$ 650 mil em dinheiro, 11 mil litros de combustíveis de origem clandestina, provas de natureza documental, equipamentos eletrônicos e armas de fogo.
A operação “Open Doors” começou em 2017 com o objetivo de combater uma quadrilha de criminosos que fraudavam operações bancárias por meio de sites falsos. Entre 2016 e 2018, estima-se que foram desviados mais de R$ 150 milhões de vítimas em pelo menos setes estados.
O dinheiro era depositado em contas de laranjas ou usado para adquirir patrimônios, como casas e carros de luxo. A quadrilha está sendo denunciada em quatro tipos de crime: furto qualificado, lavagem de dinheiro, organização criminosa e ocultação de patrimônio.
A operação também teve desdobramentos em São Paulo. Equipes da 89ª DP (Resende) também participaram.
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