FOLHA APRESENTA SUAS ARMAS: RIPA NO PT E LOAS AO PSDB
A edição desta quarta-feira (23) da Folha de São Paulo está um primor. Em editorial, o jornalão tenta manter na sala o esqueleto do tal "dossiê contra os tucanos" e desce o ramalhete no PT e na presidenciável Dilma Rousseff. Em matéria jornalística, que mais parece escrita no comitê de campanha de José Serra, o jornal tece loas de do governo tucano em São Paulo e sobre uma nota fiscal que poderá ser implantada em todo o país.
O blog não tem procuração para defender este ou aquele candidato, mas está cada vez mais visível a tendência da Folha de São Paulo. Aliás, o jornal deveria é estampar um editorial informando de que lado está, como tem feito a Rede Globo na batalha contra o Dunga. Isto, ao menos, permitiria aos leitores tirarem suas próprias conclusões e promover as ações que acharem necessárias.
Abaixo trechos do editorial e da matéria:
Dúvidas sobre a Receita
Editorial
Entre tantos fatos nebulosos suscitados pela atuação do "grupo de inteligência" da campanha presidencial petista, há um que pode e deve ser esclarecido o mais rapidamente possível.
Reportagem desta Folha revelou que dados das declarações de Imposto de Renda do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, integravam um dossiê elaborado pelos arapongas a serviço da candidata governista Dilma Rousseff. São veementes os indícios de violação indevida do sigilo fiscal de um cidadão.
A Receita Federal, de onde se suspeita possam ter vazado as informações que deveriam ser sigilosas, recusa-se a falar sobre o assunto.
Arrisca-se, assim, a macular a confiança pública em uma instituição fundamental do Estado brasileiro, cuja atuação jamais deveria se confundir com os interesses de qualquer governo ou partido. O secretário da Receita deve satisfações à sociedade. Se não ele, seu superior, o ministro da Fazenda. Se não ele, o presidente da República.
Tributaristas: projeto da nota fiscal brasileira é viável
Da Folha
O candidato tucano ao Planalto, José Serra, afirma que, se eleito, criará a nota fiscal brasileira nos moldes da Nota Fiscal Paulista, implantada em sua gestão no governo de São Paulo (2007-2010).
Para o advogado tributarista Walter Cardoso Henrique e o consultor tributário Clóvis Panzarini, a ideia é aplicável. "Viável é, porque a Receita já tem software para esse tipo de acompanhamento eletrônico", diz Henrique.
"Não é difícil, e a vantagem é que reduz carga tributária que recai sobre o contribuinte. Se o presidente quiser devolver [imposto], pode fazer isso", diz Panzarini.
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