Murilo Gatti, O Diário de Maringá
“Fiquei honrada em representar a nossa cidade e a região”
O convite do governador Beto Richa (PSDB) para a deputada federal Cida Borghetti (PROS) ser a vice da coligação foi feito na noite do último domingo, apenas 24 horas antes da confirmação oficial da chapa majoritária que vai disputar o governo do Paraná. A revelação é da deputada, que junto ao marido Ricardo Barros (PP) e ao cunhado Silvio Barros (PHS) ainda buscavam apoio de outras siglas na capital do Estado para consolidar a candidatura de Silvio ao Palácio Iguaçu e uma chapa proporcional que desse condições de competitividade aos deputados do Pros e PHS. Agora, segundo Cida, o momento é de unir forças e de aproveitar o espaço conquistado para levar o nome de Maringá e o modelo de administração implantado nos últimos anos no município para todo o Paraná.
Como foi o convite recebido para ser a candidata a vice-governadora ao de Beto Richa?
Realmente foi uma surpresa, que recebi com muita alegria. O Paraná vive um momento diferente e fiquei muito honrada em representar a nossa cidade e a região noroeste do Estado. Fiquei feliz em trazer junto as bandeiras que sempre trabalhei ao longo da minha trajetória, na área social, da criança, da mulher e da família. O Beto Richa fez o convite no domingo à noite. Conversamos mais um pouco na segunda-feira pela manhã, até que à noite foi formalizado. Foi uma surpresa trazer a participação efetiva da mulher.
Como foi tratada a questão do projeto político do PHS que trazia Silvio Barros como candidato?
Deixei muito claro que estávamos engajados no projeto com o PHS, com o prefeito Silvio Barros, de mostrar um modelo novo de uma excelente administração, com a melhor gestão fiscal do Paraná e muitas inovações. Desde o começo estávamos caminhando neste projeto e esperamos até o ultimo momento por outras parcerias, o que não ocorreu mais em função das composições de chapas. O PHS entendeu. E com grandeza, o homem Silvio entendeu que o momento era de unir realmente para ocupar este espaço na chapa, uma aliança. Desde o momento do convite meditei muito, rezei muito, pedi proteção a Deus para iluminar e para que fosse feito o melhor. Foram menos de 24h para organizar a composição.
Quando a senhora assumiu o Pros no Paraná e o Silvio ingressou no PHS, em setembro do ano passado, Ricardo Barros afirmou que o objetivo era ter um nome do grupo como candidato ao governo, vice ou ao Senado. O objetivo foi alcançado?
Obviamente que todo o nosso trabalho, de uns meses para cá, estava focado na candidatura própria. Mas para que isso se tornasse realidade precisávamos de uma aliança maior. Somente o Pros e o PHS não teriam a condição de, por exemplo, eleger deputados estaduais e federais. Precisamos de uma aliança para a coligação na proporcional, para viabilizar os deputados também e esperamos até o último momento por isso, o que não aconteceu. Mas o objetivo foi atendido, mesmo sem a candidatura do Silvio, ele vai colaborar muito e vamos poder apresentar administração bem sucedida do Silvio e do Pupin em Maringá. O Paraná vai conhecer todos os bons programas e índices alcançados no nosso modelo de trabalho. E vou honrar toda a confiança em ser a representante do norte, do noroeste e de Maringá especificamente..
Para o Silvio Barros não deve ter sido fácil tomar a decisão, principalmente após quase um mês de trabalho para consolidar a candidatura??
O Silvio é extremamente tranquilo e esteve conosco o tempo todo. Ele passou o domingo todo com a gente e com o presidente do PHS, Valter Viana. Toda executiva acompanhou passo a passo este processo.Dentro de todo o espírito de servir, foi preciso esta renúncia para servir e levar o nome de Maringá. É um privilégio neste momento participar de uma chapa que entendo que tem perspectiva muito grande de vitória. Por ser maringaense é um orgulho e acredito que o Silvio pensa da mesma maneira.
A receptividade em Brasília, onde você está neste momento, foi positiva por parte do PROS?
Foi maravilhoso. O presidente (nacional do Pros) Eurípedes Junior ficou supercontente porque estamos num partido que nasceu há pouco tempo – tem menos de um ano – e conquistou toda esta importância numa ampla coligação e na composição com o atual governador. Recebi todo o apoio e a confiança necessária.
Em nível nacional, o Pros vai apoiar a reeleição da Dilma Rousseff (PT), enquanto Beto Richa apoia o senador Aécio Neves (PSDB). Esta situação não provocou nenhum constrangimento ou houve liberdade dentro do Pros nos estados?
Tivemos esta liberdade nos Estados, onde as executivas foram liberadas. Dentro da nossa aliança mesmo teremos mais de uma corrente. O PSB apoia a candidatura do Eduardo Campos e o PSD, por exemplo também fechou com a Dilma.
A senhora pretende se licenciar do mandato para entrar na campanha?
Por enquanto não. Se tiver necessidade no ultimo mês, quando estiver um pouco mais puxado e a campanha requerer uma presença maior, talvez, mas só se tiver a necessidade lá na frente. Temos agora mais dois ou três dias de pauta de votações e depois a Câmara Federal entra em recesso. Voltaremos em agosto e, em setembro, já tem as datas agendadas para as votações. Acredito que não vou ter necessidade de me licenciar.
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