Caio Mastrodomenico, CEO da Vallus Capital, fintech de fomento, explica como o mercado será atingido por essa finalização
Segundo informações da Caixa Econômica Federal, mais de 65 milhões de brasileiros foram aprovados para receber o auxílio emergencial. Esse, de fato, é um número expressivo de pessoas que foram beneficiadas desde março, entre eles se encontravam trabalhadores autônomos, pessoas com baixa renda e outros grupos.
No entanto, o ano de 2020 está acabando e com isso chega o fim desse benefício, já que ele, possivelmente, não será prorrogado. A questão é que apesar do governo afirmar que não tem mais caixa suficiente para mantê-lo, muitos ainda não se reestruturaram para que não sejam impactados negativamente, e isso influencia diretamente na economia do Brasil.
“Essa realidade, muito que provável, irá influenciar no aumento da pobreza, visto que a pandemia ainda não acabou, muitas empresas ainda estão cortando gastos, incluindo funcionários e a limitação de trabalhos informais ainda continua”, conta Caio Mastrodomenico, CEO da Vallus Capital, fintech de fomento mercantil.
A taxa de desemprego, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cresceu para 14,6% no trimestre julho-setembro, devido a crise do coronavírus, ou seja, muitos desses desempregados estavam sobrevivendo apenas com o auxílio, e agora fica a preocupação de como será janeiro de 2021.
“Os comércios varejistas, mercados, e restaurantes, também serão atingidos, já que com o esse apoio que foi oferecido pelo governos desde março, às pessoas conseguiam manter pelo menos as compras básicas, fazendo com que esses estabelecimentos conseguissem sobreviver, mesmo que com pouco faturamento. Logo, isso se tornará uma bola de neve”, explica o CEO.
Outro quesito a se ressaltar, é que esse desarranjo econômico farão os preços subirem para suprir os gastos excessivos e a baixa receita que os locais terão, aumentando a inflação.
“É importante que todos estejam preparados para as mudanças e dificuldades que virão a seguir, até que o governo consiga achar uma solução rápida para os impactos econômicos que serão gerados no próximo ano”, finaliza o CEO.
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