Com o perdão do trocadilho, Eduardo Bolsonaro manda uma bananinha para as manifestações e vai assistir à Copa
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de polêmicas ao ser flagrado assistindo, na última segunda-feira, ao jogo da seleção brasileira em Doha, no Qatar.
Muitos questionaram o fato do filho 03 do futuro ex-presidente estar se divertindo na festa do futebol mundial, enquanto incentivava apoiadores a protestarem contra o resultado das eleições, na chuva e no relento, na porta dos quartéis.
As críticas também foram ao fato de a agenda oficial indicar que o deputado estaria em dois eventos oficiais na Câmara, enquanto, na realidade, se divertia na Copa, abraçado a um homem fantasiado de taça. Eduardo se defendeu das acusações, alegando estar no Qatar para entregar pen drives com vídeos revelando a verdadeira situação do Brasil. Muitos questionaram a justificativa, já que pen drives são objetos quase tão obsoletos quanto disquetes, fitas K7, máquinas de fax e a cloroquina fabricada pelo Exército.
Na ilustração de Galvão Bertazzi temos uma banana representando Eduardo Bolsonaro. Ela veste o uniforme da seleção brasileira e está distribuindo Pen Drives para pessoas aleatórias.
As suspeitas são de que o plano teria vindo do general Heleno que, além de também ser um objeto obsoleto, já tramou planos sagazes como oferecer “wi-fi grátis” para espionar a equipe de transição de Lula.
Surpreendeu também o fato de um político que questiona a segurança das urnas gravar vídeos que podem definir o futuro de uma nação —pelo menos na cabeça dele— em pen drives. A tecnologia é tão ultrapassada que qualquer pessoa com menos de 30 anos precisa pesquisar a palavra no Google.
Políticos da oposição estariam apreensivos com os possíveis conteúdos de um dispositivo tão antigo. Um dos riscos é que as imagens sejam do senador Lasier Martins, não questionando as eleições, mas tomando o “choque da uva”. Outros temem ver novamente os vídeos do gatinho tocando teclado, “Geovana, Segura o Forninho” e a revolta dos fãs do Patati Patatá. Ou que os arquivos tenham sido gravados em câmeras TekPix, com arte feita no Paint Brush.
O filho do presidente alegar que foi ao Qatar levar pen drives durante a Copa é o mesmo que Neymar dizer que se lesionou na véspera do Carnaval. A dúvida que fica é se, assim como na política e nos hambúrgueres, falta talento para mentir; ou se ele realmente acredita que seus apoiadores são idiotas.
Em qualquer um dos casos —com o perdão dos trocadilhos— Eduardo manda uma bananinha para as manifestações e fala para os patriotas irem se Qatar.
Fonte: Folha Uol
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