Manifestantes contrários ao regime do presidente Nicolás Maduro voltaram a entrar em confronto, nesta quarta-feira, 1, com forças de segurança da Venezuela. Os oficiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar opositores reunidos no bairro de El Paraíso, na zona oeste da capital Caracas. Informações da Veja.
Alguns manifestantes pediram aos agentes que parassem de atirar na população e muitos permaneceram no local apesar das ações dos policiais.
Em meio aos protestos, o líder opositor e autoproclamado presidente interino Juan Guaidó discursou aos seus apoiadores. O venezuelano voltou a dizer que o processo de revolução contra Maduro “é irreversível”.
“Ficou claro que o usurpador perdeu”, disse, na região de Marqués, noroeste da capital. “Estamos no caminho certo. Não há volta. Vamos com tudo”, disse.
“O regime vai acentuar a repressão e acredita que com isso vão nos deter”, afirmou. “Os momentos mais difíceis requerem os homens e mulheres mais valentes”, completou o autoproclamado presidente interino.
As centenas de apoiadores de Guaidó estão nas ruas de Caracas atendendo ao apelo do opositor por mais protestos. Ontem, o dia de manifestações foi marcado por violência, que deixou cerca de 100 feridos.
O governo Maduro reprimiu protestos em Caracas e nas principais cidades do país. Maduro conseguiu manter a coesão das Forças Armadas, com comandantes do exército proclamando publicamente sua lealdade ao líder socialista, apesar das declarações otimistas de Guaidó.
À noite, um dos principais opositores do governo, Leopoldo López, padrinho e mentor político de Guaidó e que desafiou sua prisão domiciliar para se unir ao movimento, se refugiou na embaixada do Chile em Caracas.
Hoje, o governo da Espanha confirmou que López e sua família estavam na residência do embaixador espanhol na capital.
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https://veja.abril.com.br/mundo/ficou-claro-que-maduro-perdeu-diz-guaido-para-manifestantes-em-caracas/
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