O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está certo quando disse, durante o Fórum Estadão, na terça, 27, que “quem for o candidato de mercado vai perder a eleição” de outubro. “Ele (FHC) está certo. Quem é candidato só do mercado tem apoio (em número de votos) proporcionalmente pequeno. Mas, a questão é que a importância do mercado não é o número de votos. Quem ganha eleição tem apoio de todas as classes sociais e de todo o Brasil”, afirmou Meirelles. As informações são de Karla Spotorno e Thaís Barcellos no Estadão.
Questionado sobre quem o substituirá caso saia candidato, Meirelles evitou citar nomes. Limitou-se a dizer que o “time na Fazenda” é bastante forte. “Temos uma equipe muito boa, e o presidente (Michel Temer) tomará uma decisão boa para me substituir, se eu tomar decisão de me candidatar”, disse. Entre os possíveis substitutos, está o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.
O ministro voltou a dizer que ainda não decidiu se será ou não candidato à Presidência da República e que tomará essa decisão em aproximadamente um mês. Meirelles afirmou que está conversando com “todo o Brasil”, com todas as classes sociais e em todas as regiões. Disse, inclusive, que essa peregrinação político-eleitoreira não é novidade para ele. “Tive experiência de ter contato com o povo quando fui candidato a deputado federal”, emendou.
Meirelles repetiu que tem sentido uma receptividade muito grande dos partidos, além de ter tido “excelentes conversas com o PSD e com líderes do MDB”. Ele ponderou que não compete aos partidos anunciarem que ele será candidato antes de ele tomar uma decisão, a qual será anunciada até o dia 7 de abril.
Na entrevista, o ministro evitou fazer uma análise técnica sobre as chances das candidaturas. “Porque estou focado na economia”, declarou. Nesse contexto, ele destacou que o governo lançou, recentemente, uma agenda econômica com as ações prioritárias e que está dando andamento à privatização da Eletrobras. “Acreditamos que a privatização da Eletrobras seja tão importante como foi a da telefonia”, afirmou.
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