Michele Caputo Neto
Da data da publicação deste artigo até o domingo, dia 13 de maio, mulheres dos 399 municípios do Paraná se tornarão mães. Todas elas tiveram a possibilidade de receber atenção durante a gestação na rede pública, realizar um pré-natal com, pelo menos, sete consultas e 23 exames. As mães poderão ter o parto no hospital mais adequado e próximo de sua residência. Seus filhos terão acompanhamento durante todo o primeiro ano de vida.
Isso acontece porque 100% das gestantes do Paraná têm possibilidade de serem acompanhadas pelo Programa Mãe Paranaense. Na prática, 83,5% das gestantes do Estado recebem o acompanhamento gestacional adequado e sabem com antecedência onde vão dar a luz. Todos os anos, cerca de 160 mil crianças nascem no Paraná e todas elas tiveram a gestação acompanhadas mês a mês.
No Paraná, em 2017 houve uma redução de 50% no índice de mortalidade materna e 14% no infantil, comparado a 2010. Em 2017, o Paraná registrou 19,7 mortes de gestantes a cada 100 mil nascidos vivos. Em 2010, esse número era 64,4. Também em 2017, o Paraná alcançou a menor taxa de mortalidade infantil da história passando de 12,2 para 10,3 óbitos a cada mil nascidos.
Em sete anos, o programa recebeu investimento de mais de R$ 940 milhões. Hoje, 160 maternidades e hospitais integram a rede, sendo que 30 deles são referências em gestação de alto risco.
O Mãe Paranaense é um programa exitoso, porque construímos uma política pública histórica e quem faz a diferença são os profissionais que participam desde o processo de organização da rede até o atendimento na ponta. O programa não apenas contribuiu com o cumprimento das metas do milênio da Organização das Nações Unidas antes do previsto, mas também e, principalmente, salvou vidas. Fizemos uma verdadeira revolução.
Eu acompanhei o programa desde seu nascimento e tive a oportunidade de fazer a sua gestão desde a Prefeitura de Curitiba, com o Mãe Curitibana. Apesar de minha formação como farmacêutico e de ter sido gestor de saúde por mais de uma década, tive a honra de fazer o parto do programa o Mãe Paranaense, que criamos – junto com médicos e dezenas de profissionais de saúde do Estado – em 2012.
Neste Dia das Mães, quero homenagear a minha saudosa mãe, dona Maria. Quero homenagear minha maravilhosa esposa Deise. Minha homenagem também fica às mães médicas, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, funcionárias e gestoras de saúde de todo o Paraná.
Quero homenagear as mães que passaram pelo programa, as que já eram mães antes dele surgir. Meu coração também se volta para as mães que ainda não foram acolhidas pelo Mãe Paranaense. Neste 13 de maio e em todos os dias de minha vida, minha dedicação será para que o sistema público as acolha e elas tenham a cada ano, um Dia da Mães repleto de felicidades.
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