Nesta última semana participei de um debate com estudantes da Universidade Positivo sobre o marketing político, eleições e a influência da mídia no processo eleitoral e na própria eleição. Lembrei que nas eleições de 2002, uma rede de televisão propôs uma série debates entre os candidatos a governador nos principais estados. Os debates seriam todos no mesmo dia e mesmo horário. Poucos dias antes da data estipulada, a emissora cancelou os debates com o irrespondível argumento de que os cenários encomendados especialmente para a ocasião não tinham ficado prontos. E cancelados ficaram.
Este é um exemplo de como o processo eleitoral brasileiro é regido por leis que pouco tem a ver com o debate dos grandes e graves problemas nacionais e das propostas programáticas que os partidos têm para resolvê-los.
O mais inquietante, porém, é que no caso citado não houve nenhum protesto mais incisivo contra o cancelamento por parte dos candidatos e seus partidos. Fica a forte impressão de que todos se resignam com o fato de que vivemos, sim, na sociedade do espetáculo, e as eleições não podem ficar de fora disso.
Trecho de artigo do secretário-geral do PMDB do Paraná João Arruda, que pode ser lido na íntegra clicando AQUI
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