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FALTA DE SINTONIA COM SERRA TRAVOU FERROANEL

Do Valor Econômico:

Indícios de superfaturamento em contratos com empreiteiras, demora nas desapropriações de terrenos, atrasos nas licenças ambientais, problemas na estrutura de financiamento, resistência do setor privado em abrir a carteira e falta de sintonia da União com governos estaduais. Essa extensa lista de obstáculos emperrou as quatro principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a malha ferroviária de cargas – a construção da Nova Transnordestina, a chegada da Norte-Sul à cidade de Palmas, o prolongamento da Ferronorte e a implantação do Ferroanel de São Paulo.

O andamento das obras fugiu do cronograma planejado inicialmente pelo governo e deixou boa parte dos empreendimentos para o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que antes sonhava em inaugurá-los ao longo de 2010. O maior de todos os entraves está no anel ferroviário de São Paulo, prometido para o último trimestre de 2010 no lançamento do PAC, cujo projeto saiu da agenda do governo.

Em estudo apresentado à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) classificou como "inviável" o atual compartilhamento da malha de trilhos por trens de carga e de passageiros. A obra já foi alvo de conversas reservadas entre Lula e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidato de seu partido à Presidência da República. Mas a falta de sintonia entre as duas esferas de governo adiou indefinidamente o projeto, que serviria de palanque para Dilma e Serra. (Leia mais)