O gabinete do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou um levantamento e contabilizou o acumulo de 80 inquéritos da Lava Jato na Corte, todos envolvendo políticos no exercício de cargo com prerrogativa de foro no tribunal. A estatística, fechada no final de setembro, aponta diferentes autoridades dos poderes Legislativo e Executivo federais. As informações são do Diário do Poder.
Os casos estão no gabinete do ministro Fachin, relator da Operação Lava Jato desde fevereiro deste ano, após a morte do relator anterior, ministro Teori Zavascki. Com mais de três anos desde o início da operação em Curitiba, apenas seis processos diretamente relacionados aos desvios na Petrobras se tornaram ação penal no STF.
Em condição de réu estão políticos como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Fernando Collor (PTC-AL) e os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE), Nelson Meurer (PP-PR) e Vande Loubet (PT-MS). Seus casos devem ser os primeiros a terem desfecho no Supremo, seja este absolvição ou condenação.
A maioria dos inquéritos abertos no STF é decorrente das 110 delações premiadas homologadas até agora pela Corte, incluindo as 78 colaborações da empresa Odebrecht. Três delações ainda aguardam a homologação de Fachin.
Uma das homologações recentes de Fachin foi à do procurador financeiro Lúcio Funaro, testemunha-chave nas investigações que envolvem políticos do PMDB, entre eles o deputado cassado Eduardo Cunha, os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima e o presidente Michel Temer.
Já passaram pelo gabinete de Fachin mais de 150 inquéritos oriundos das investigações da Lava Jato, embora 74 tenham sofrido redistribuição para outros ministros do STF.
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