O Salar de Atacama, com aproximadamente três mil quilômetros de extensão, o maior do Chile, guarda ao menos três conhecidas lagunas: Chaxa, Céjar e Tebinchique.
A equipe do blog optou por conhecer a de Céjar, que está localizada a aproximadamente 30 quilômetros do povoado de San Pedro de Atacama, cidade dormitório para a maioria dos visitantes do deserto do Atacama, no Norte do Chile.
A Laguna Céjar, cuja altíssima salinidade não deixa que as pessoas afundem, é formada por um complexo de três grandes lagos e alguns lagos menores de água muito salgada.
“É preciso muito cuidado ao banhar-se nas lagunas, uma vez que o sal provoca irritações nos olhos, nos lábios e no nariz”, alertou o jovem responsável pelo portão de entrada do parque onde está o conjunto de lagunas.
A primeira é reservada apenas para contemplação. Seu entorno guarda imagens que encantam, a principal é o reflexo da cordilheira ao fundo, ou mesmo pelo contexto da água em meio ao salar.
O entorno da laguna é formado por uma crosta de sal sobre um lago subterrâneo, que é possível ser observado através de aberturas que se formam em todos os locais.
Próximo às margens do lago, formações semelhantes a vulcões miniaturas revelam imagens delicadas, que, num primeiro momento, escondem a dureza do sal enrijecido pelo tempo.
O ponto alto da visita é o banho na laguna que está localizada há aproximadamente 200 metros do portão de entrada do parque (é possível chegar de carro até bem próximo da laguna, evitando a caminhada entre uma e outra).
Os visitantes se encantam ao flutuar na água verde/turquesa.
O acesso ao local, que custa dois mil pesos chilenos (aproximadamente R$ 10,00), pode ser feito de veículos contratados nas agências de expedições, de carro próprio, de bicicleta (que pode ser alugada na cidade), ou mesmo a pé.
Não tem pavimento, o que dificulta a condução – no verão as famosas costelas de vaca e no inverno os atoleiros.
Quem vai de veículo próprio tem possibilidade de parar e andar pelo salar, que é formado por uma camada de sal (seca no verão) e plantas que não crescem mais que 50 centímetros de altura.
Fotos: Ronildo Pimentel e Nádia Moreira de Souza