A segunda etapa da Expedição Atacama foi marcada por planícies incríveis, retas intermináveis, mudanças de vegetação, uma nuvem de borboletas e as primeiras montanhas perto de Salta, capital da província de Salta, a leste da cordilheira dos Andes, no local conhecido como Vale de Lerma, com mais de 1,1 mil metros de altitude.
Partimos de Resistência próximo às 9h (horário argentino) para um percurso de aproximadamente 850 quilômetros em meio a planície.
Ainda na primeira etapa do percurso, algumas áreas alagadiças, como na província de Corrientes, mas já não se observa a presença de eucaliptus e pinus. Percebe-se agora o início das áreas de produção agrícola, com destaque para as plantações de girassóis e canola e algumas áreas de criação de gado.
A partir de Sanz Peña a viagem foi marcada por uma nuvem de borboletas por quase 200 quilômetros.
A presença dos insetos fica evidente na parte dianteira dos veículos, que lotam os postos de combustíveis. Após uma rápida lavada e reabastecimento, de volta à estrada.
Uma dica para que planeja fazer o percurso, indo para Salta ou o Atacama, no Chile, é parar em Pampa del Infierno, onde estão os últimos Comedores (restaurantes) ante um trajeto de mais de 200 quilômetros.
A partir de Monte Quemado outro problema – a péssima qualidade do asfalto. É necessário muita atenção para não passar por um buraco e virar freguês das várias Gomerias (borracharias) espalhadas ao longo do percurso.
Faltando pouco mais de 100 quilômetros até Salta é possível avistar as primeiras montanhas em dois dias de percurso. A vegetação característica do local lembra as montanhas da Serra do Mar.
Logo após as primeiras montanhas, já na rodovia que conduz ao acesso à Salta, uma parada para registrar uma fazenda administrada por monges franciscanos.
Na chegada a Salta os visitantes são surpreendidos pelo Parque San Martin, que em alguns momentos lembra o Passeio Público de Curitiba, devido aos pedalinhos disponíveis para locação.
Nesta região de Salta, cidade com aproximadamente 500 mil habitantes, é possível perceber a forte presença de descendentes indígenas, que trabalham como vendedores de artesanato local e uma Feirinha, onde é possível encontrar produtos típicos da culinária argentina, até CDs e DVDs piratas, comuns nos “Paraguayzinhos” espalhados em diversas cidades do Brasil.
No terceiro dia, a Expedição segue em direção a San Antonio de Los Cobres e Jujuy, cidades próximas ao Paso de Jama, já na cordilheira dos Andes.
Fotos: Ronildo Pimentel e Nádia Moreira de Souza