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‘Expectativa de redução de 1% no preço da energia’, afirma diretor brasileiro de Itaipu em evento alusivo aos 50 anos de assinatura de tratado entre Brasil e Paraguai

O diretor brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, afirmou nesta quarta-feira (26) que há expectativa de redução de 1% nas contas de energia dos brasileiros a partir do próximo mês se referindo à economia com o pagamento da última parcela da dívida da construção da usina neste ano.

“Ocorre que Itaipu representa 10% da produção de energia para o Brasil, então não vai cair 20% do preço da energia. […] A expectativa, a partir do próximo mês, é que haverá redução de 1% no preço da energia. Se Itaipu representasse 100% da energia produzida para o Brasil, cairia 20%”, afirmou Verri.

A declaração ocorreu durante um evento realizado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para comemorar os 50 anos da assinatura do Tratado de Itaipu entre Brasil e Paraguai.

O documento assinado em 26 de abril de 1973 é considerado um marco da engenharia diplomática e referência mundial em acordos binacionais. Através dele, foi permitido o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná, por Brasil e Paraguai, e a construção da usina de Itaipu.

Redução na taxa de venda de energia

Verri afirmou que a taxa de venda de energia que estava em pouco mais de 20 dólares por KW/h caiu para 16,31 dólares em abril deste ano. Para o lado brasileiro da hidroelétrica, o desejo era de uma redução de 40%, mas após diálogo com a margem paraguaia, foi estabelecida a redução de 20%.

O diretor brasileiro explicou que os paises possuem “diferenças de políticas e desenvolvimento” e que elas são discutidas para que o valor fique o mais próximo possível dos objetivos de cada margem. Ele reforçou a importância da pereceria entre os paises.

“Eu estava conversando sobre esse conceito nos dias de hoje […] criticam muito nossa parceria com o Paraguai, dizendo eu nossa energia está muito cara, que o valor tinha que ser muito menor que o valor que nós queríamos negociar de 12,77 dólares por kw/h e que nós acabamos cedendo ao Paraguai um valor maior”, explicou Verri.

“É difícil você fazer um debate sobre isso porque como nosso países têm diferenças de políticas e desenvolvimento, para o meu país, o mercado quer que eu tenha energia elétrica o mais barato possível. O Paraguai neste momento, para ele é importante, é ter um excedente para investir no país, o que é justo, não tem problema nenhuma, então sempre teremos essa dificuldade. […] Então, acredito que faz parte das negociações”, afirmou o diretor da margem brasileira.

Além de Verri, estavam também presentes no evento o diretor geral da margem paraguaia Manuel María Cáceres Cardozo, conselheiros, empregados da binacional e outras autoridades.

Participaram também o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.