Um grupo de cerca de 50 auditores fiscais da Receita Estadual, dos 60 que gerenciam o órgão, entregaram coletivamente na última sexta-feira (04) os cargos em comissão que ocupavam, em protesto contra a gestão do secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Júnior. Nas cartas de demissão encaminhadas ao governador Ratinho Júnior (PSD), todos apontam que a decisão foi tomada “em razão das novas diretrizes indicadas pelo Secretário da Fazenda (…) relativas à organização interna do órgão”. As informações são do Bem Paraná.
Fontes ligadas ao grupo afirmam que o ato “foi uma reação à administração do atual secretário de Fazenda Rene Garcia e seu jeito de tratar as pessoas”. De acordo com essas fontes, Garcia Jr seria “conhecido por destratar pessoas e fazer críticas infundadas” e “não conseguiu o apoio dos técnicos para as políticas que pretendia implementar na SEFA”.
Os auditores acusam ainda o secretário de “importar” servidores do Rio de Janeiro – seu estado de origem – para ocuparem cargos de direção na Receita Estadual, e reclamam da falta de “valorização da instituição” e de “reconhecimento do trabalho” do quadro de técnicos do órgão. Eles afirmam que a Receita paranaense não é o problema, já que o Estado teve um crescimento real da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 3% em 2019, enquanto no estado do Rio de Janeiro, o crescimento foi de apenas 1%.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria da Fazenda afirma que “o pedido de exoneração de servidores em funções de confiança” na Pasta e na Receita Estadual “é natural em razão das mudanças promovidas na diretoria-geral da pasta e na coordenadoria do fisco”. A Sefa alega ainda que “a medida assegura autonomia aos novos gestores para a indicação de profissionais que ficarão responsáveis pelas diversas atribuições administrativas dos órgãos”.
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