E agora José? A Folha de S. Paulo, aliado histórico dos tucanos, traz em sua edição desta terça-feira (26), a confirmação de um dado que desmoraliza de vez a gestão tucana "transparente" de José Serra (PSDB).
O jornalão informa que o resultado de licitação de novos trechos do metrô, já era conhecido há seis meses. Mas como? Os vencedores da licitação não são conhecidos em audiência pública na hora da abertura dos envelopes?
E agora José? Será que, caso eleito presidente, vai privilegiar os apaniguados da mesma forma. Abaixo o blog reproduz artigo do jornalista Josias de Souza, um dos principais do principal diário brasileiro. AQUI o link do vídeo do jornal, publicado na internet há seis meses e com os resultados da "licitação" promovida por Serra:
O vídeo acima foi gravado em 20 de abril de 2010. Na fita, o repórter Ricardo Feltrin lê os nomes dos consórcios vencedores de uma licitação do metrô de São Paulo.
Àquela altura, os envelopes contendo as logomarcas e os valores ainda não haviam sido abertos.
Para não deixar dúvidas, três dias depois de gravar o vídeo, a Folha registrou o resultado do certame no 2º Cartório de Notas da capital paulista.
Anotaram-se os vencedores de meia dúzia de lotes da "Linha 5-Lilás" do metrô paulistano. Coisa de 20 km de trilhos. Negócio de R$ 4 bilhões.
Pois bem. Decorridos seis meses, a companhia do Metrô, estatal vinculada ao governo do Estado, revelou o resultado.
Materializou-se o inusitado: a Folha levara ao vídeo e ao cartório o resultado de meia dúzia de pedaços da obra –do lote 3 ao 8. Acertou no olho da mosca. Um por um.
A antecipação do resultado assim, de cabo a rabo, deu à licitação a inconfundível aparência de uma fraude.
O processo licitatório fora aberto em outubro de 2008. Governava São Paulo nessa época o tucano José Serra.
Trocou a cadeira de governador pelo palanque presidencial no fim de abril, dias depois de a Folha ter registrado o resultado da licitação na fita e no cartório.
Informada de que o jornal traria a notícia em sua edição desta terça (26), a direção do Metrô de São Paulo emitiu uma nota. Diz o texto:
"É reconhecida a postura idônea que o Metrô adota em processos licitatórios, além da grande expertise na elaboração e condução desses tipos de processo”.
Tudo leva a crer que a “expertise” revelou-se, no mínimo, inócua. Mais adiante, o texto acrescenta:
"Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública…”
“…Licitações desse porte tradicionalmente acirram a competitividade entre as empresas".
No caso em questão, os vencedores foram conhecidos bem antes do dia da “sessão pública”.
Um indício de que, em sessão privada, as empresas driblaram a “competitividade” com uma boa e velha combinação.
Na mesma nota, o Metrô paulista informou que vai investigar os indícios de malfeito. Ah, bom!
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