Do PMDB do Brasil:
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), externou nesta terça-feira (22) sua preocupação na queda das exportações e da produção industrial e agrícola, o que podem comprometer a economia nacional e a geração de empregos no país. “Temos uma queda de 25% nas exportações, uma queda no crescimento industrial de 11% e uma queda na produção agrícola do país também entre 9% e 10%”, afirmou. No entanto, disse Requião, o país vive um momento de euforia devido a valorização do real sobre o dólar, o que pode comprometer ainda mais a economia e a geração de empregos.
“Estamos diante de um quadro em que o Brasil está importando bens baratíssimos da China e do Japão, principalmente eletrodomésticos”. “Isto causa uma euforia: o dólar depreciado em relação ao real faz a alegria da classe média que está viajando para Miami e a Europa e as compras no mercado interno, são compra de mercadorias produzidas em outros países. Quando você compra produto que poderia ser produzido no Brasil e é importado, você está criando emprego lá fora e causando desemprego aqui dentro”, alertou o governador do Paraná.
Sem vendas Requião apontou que um número enorme de indústrias brasileiras está sem conseguir vender em função do valor do dólar e do real, nem no mercado interno nem no mercado externo. “Elas estão tendo uma possibilidade muito séria de quebra”. (Leia mais)
Caro Ronildo Pimentel, ilustre editor do Boca Maldita: concordo inteiramente com o Governador. Como ensinava Aristóteles, a virtude reside no meio e. como a economia é uma arte-ciência complexa, cada país deve exercitar controles sobre o câmbio, equilibrando o interesse nacional com a liberdade de circulação de bens e serviços – inclusive o fluxo de capital – sob pena de arrostar com consequencias graves mais adiante.
Como lembrava Mario H. Simonsen, “a inflação aleija, mas o câmbio mata!